A retomada das atividades escolares presenciais em São Paulo está se comprovando um verdadeiro genocídio contra toda a juventude. Em apenas um dia de retomada, iniciada no dia 8 de fevereiro, o governo de São Paulo informou que 7 escolas foram fechadas no estado devido a confirmação de novos casos de coronavírus nessas instituições.
Os dados em si não foram divulgados, o próprio secretário da Educação, Rossieli Soares, afirmou em entrevista coletiva não ter o número total dos casos, demonstrando uma falta de preocupação com a própria situação das escolas.
Em paralelo ao aumento de casos, dos quais já foram responsáveis por fechar escolas em campinas, São Paulo, e inúmeras outras cidades, a burguesia faz intensa campanha pela reabertura.
A campanha se da de maneira cínica e criminosa, a imprensa coloca que as escolas estariam preparadas para receber os alunos, no entanto, não apenas não estão como inúmeras denunciais já relataram sequer haver álcool em gel para os alunos.
Está política criminosa precisa ser amplamente combatida. O que há é uma campanha que visa reabrir as escolas, matar a juventude, em uma tentativa de dar novo folego a economia capitalista. O problema não constitui-se no fato de que se há ou não há meramente uma estrutura nas escolas capaz de atender os alunos, como colocou Guilherme Boulos em sua conta pessoal no Twitter. A luta, está na necessidade de impedir, nas ruas, com piquetes, greves o genocídio da juventude, o absurdo de aulas presenciais em pleno pico da pandemia.
A contaminação nas escolas da juventude e dos profissionais da educação, já vem causando uma proliferação ainda maior da pandemia. As famílias, e os demais trabalhadores estão diretamente em contato com os milhões de jovens que estão sendo forçados a arriscar suas vidas.
A resposta dada pelos professores de São Paulo, que impulsionam a greve contra a volta às aulas mostra o caminho correto para se impedir esta matança. Seja em São Paulo, Rio de Janeiro, ou qualquer outro estado brasileiro, não há condição alguma de reabrir as escolas, e é necessário para impedir isto, uma mobilização de alunos e professores.
Os piquetes realizado no último dia 8 em diversas escolas de São Paulo, contra o volta às aulas é uma política acertada, que precisa ser ampliada para todos os lugares. É necessário mobilizar com uma intensa campanha toda comunidade acadêmica, e na força impedir o genocídio.
Por isso, a AJR defende a retomada das aulas apenas com vacinação da população, da greve dos estudantes contra as aulas presenciais e o ensino remoto, pela suspensão do ano letivo, com a volta apenas com decisão dos estudantes.