A volta às aulas foi adiada em mais de 500 creches municipais de São Paulo, devido à falta de funcionários da limpeza. A retomada das aulas presenciais estaria marcada para a próxima segunda-feira (15). A prefeitura afirma que a empresa terceirizada que estaria responsável pela limpeza, abandonou o contrato, deixando essas unidades impossibilitadas de reabrirem. Além disso, há outras 50 escolas com reformas em andamento e que também estão impedidas de voltarem a funcionar na segunda. Essas unidades tiveram a volta às aulas adiadas para o dia 22 ou então para o 1º de março.
Essa situação é um demonstrativo do estado em que se encontra a infra-estrutura das escolas na principal cidade do país. A burguesia sucateia sistematicamente todos os serviços públicos oferecidos pelo governo, para possibilitar a sua entrega para a iniciativa privada a preços absurdamente baixos. Isso sem falar na própria terceirização dos serviços de limpeza, que também configura um sucateamento da mão-de-obra desses profissionais e piora as condições de higienização dessas instituições.
Isso, no entanto, assume um caráter secundário diante do problema da pandemia. A política de todos os governos controlados pela burguesia e, nesse caso, da prefeitura de São Paulo, consiste em mandar alunos para as escolas antes do fim da crise do coronavírus, o que já é um crime por si só, ainda mais considerando que não há nenhuma ação da parte dos governos no sentido de uma luta pela diminuição dos casos e de mortes por covid-19. Nunca houve isolamento social verdadeiro para os trabalhadores, nem testes em massa para a solução, os leitos de UTI nos hospitais também não foram aumentados. E, agora, a vacinação também já se provou uma farsa total.
Agora, a burguesia quer que as crianças voltem a estudar em escolas que sequer tinham condições de limpeza estruturadas para recebê-las, com funcionários terceirizados, que também estariam correndo risco de se infectarem. A política é de assassinato da população de conjunto, apenas para atender aos anseios dos capitalistas que querem a movimentação dos mercados associados com a atividade escolar.
Para combater esse verdadeiro genocídio planejado, é preciso que todos os estudantes, professores e funcionários ligados à educação se organizem e se mobilizem para uma greve contra a volta às aulas sem a vacina e durante a pandemia que mata mais de mil pessoas por dia. Apenas a mobilização popular pode propiciar uma verdadeira luta contra a direita que quer assassinar o povo. Os sindicatos e a esquerda devem abandonar imediatamente a política de ficar em casa e ir às ruas para lutar.