A Volkswagen América Latina, nas palavras do seu presidente, Pablo Di Si, informou que espera concluir as negociações com os sindicatos dos metalúrgicos nas próximas semanas a demissão de 35% do quadro da empresa em solo brasileiro, isso significará que 5 mil pais de famílias serão jogados no olho da rua com o único objetivo de manter os lucros de meia dúzia de capitalistas.
As declarações do presidente da empresa não deixa dúvida do que se trata a demissão em massa dos trabalhadores: “Vamos dialogar. Será fácil? Claro que não. Mas, teremos uma conversa madura, profissional e transparente. Será uma negociação dura, mas precisamos defender os interesses da empresa.” (Valor Econômico 04/09/2020)
Evidente que a decisão da Volkswagen em demitir em massa vai no sentido de reduzir os custos da empresa e consequentemente aumentar a sua lucratividade, já que todo capitalista só tem um objetivo: lucro a todo o custo, nem que para isso sejam jogados na miséria milhares de trabalhadores e suas famílias. Além das demissões a empresa ainda pretende realizar várias medidas que afeta diretamente os salários e direitos dos trabalhadores, tais como corte no adicional noturno, fim da estabilidade para acidentados, redução salarial, etc.
Os trabalhadores, diante a intransigência dos patrões em jogar no olho da rua os seus funcionários, devem agir no sentido de evitar tamanha barbaridade. É preciso fazer com que o ônus da crise recaia sobre as costas dos capitalistas. Os trabalhadores através de suas organizações precisam organizar a mobilização imediatamente e chamar a greve da categoria. A única propostas séria contra o desemprego é a redução da jornada de trabalho, sem redução de salário e escala móvel de horas de trabalho, ou seja, repartir o trabalho existente entre todos os trabalhadores. A luta contra o desemprego é a luta pela sobrevivência da classe trabalhadora. Ela não pode ser levada adiante através de um acordo com os patrões, muito menos contando com a benevolência do governo e do regime político burguês.
No momento atual de crise, é uma questão de sobrevivência a luta pela diminuição da jornada de trabalho. A burguesia está colocando em prática uma política de demissões em massa, para fazer com que a crise recaia totalmente sobre os trabalhadores. Esse é o plano dos golpistas que tomaram conta do País. É preciso opor a essa política uma defesa dos empregos, que una os trabalhadores empregados aos desempregados, ocupando as fábricas e exigindo que todos trabalhem.
A luta contra o desemprego é a luta pela sobrevivência da classe trabalhadora. Ela não pode ser levada adiante através de um acordo com os patrões, muito menos contando com a benevolência do governo e do regime político burguês.