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Personalidade histórica

Vítor Emanuel II e a unificação da Itália

O processo revolucionário da burguesia italiana teve em Vitor Emanuel seu principal nome levando a Itália para a unificação quase completa.

Em 17 de março de 1861 se deu oficialmente a reunificação italiana (Risorgimento) que foi o processo de união territorial que resultou no surgimento do Estado-nação da Itália na segunda metade do século XIX. Esse processo foi liderado pelo Reino de Piemonte-Sardenha que, nessa época, era governado pelo rei Vitor Emanuel II, da Casa de Saboia.

Durante a primeira metade do século XIX, com a expansão do capitalismo e dos ideais políticos liberais que além de alcançar várias partes da Europa, também provocou influências decisivas na Península Itálica, essas modificações ganharam força quando a grande burguesia nacional se mostrou interessada em unificar os territórios com o objetivo de ampliar seus mercados e lucros. A região era dividida em vários estados absolutistas e tinha também parte de suas terras dominadas por outras nações e assim a Itália não existia como Estado-nação.

Os ideais nacionalistas fortaleceram-se durante o século XIX, especialmente a partir das revoluções liberais de 1848 que aconteceram em toda a Europa. Nesse período, o papa e a igreja católica tinham decisiva influência política em boa parte dos territórios centrais da Península. Entretanto, com o crescimento de uma série de revoltas interessadas em diminuir o poder político da Igreja e formar um único Estado italiano, livre do jugo austríaco, fez com que Napoleão III se aliasse ao Reino de Piemonte, que era governado por Vitor Emanuel II para que as regiões de Toscana, Modena, Parma e Romagna fossem libertas do poder exercido pela Igreja Católica.

A efervescência nacionalista deste período levou à formação de diferentes movimentos políticos que defendiam formas distintas de conduzir essa unificação territorial:

Os Neoguelfos que tinham a sua frente Vincenzo Gioberti, defendiam a unificação da região sob a liderança do papado, derrotados durante a luta.

Os Republicanos, liderados por Giuseppe Mazzini, defendiam a unificação sob a inspiração de ideais republicanos.

E por fim os Monarquistas que desejavam unificar a região sob a liderança da Casa de Saboia, constituindo um regime monárquico. Os grandes nomes desse grupo foram Vitor Emanuel II e Camilo Benso, o Conde de Cavour.

Nesta luta Vitor Emanuel II saiu—se vitorioso, mas teve o apoio dos republicanos e conseguiu até mesmo o apoio de Giuseppe Garibaldi que na região sul foi fundamental para a unificação italiana em razão dos esforços de um exército de voluntários liderados por Garibaldi, popularmente conhecidos como “camisas vermelhas” que derrubaram as monarquias que controlavam a Sicília e Nápoles. Apesar de se opor à instalação de uma monarquia no território italiano, Garibaldi cedeu aos interesses piemonteses para que o projeto unificador não se enfraquecesse com uma guerra civil.

No ano seguinte, em 1849, Vitor Emanuel II assumiu como rei de Piemonte-Sardenha, logo após o seu pai ter fracassado em derrotar os austríacos que ocupavam reinos da região. Em 1852, Vitor Emanuel II nomeou, o Conde de Cavour, como primeiro-ministro do reino e, juntos, lideraram a unificação italiana.

Com a derrota austríaca, outros reinos italianos rebelaram-se, expulsaram seus governantes austríacos e, após um plebiscito, também se anexaram ao Reino de Piemonte-Sardenha. O sucesso no confronto contra os austríacos e a investida contra o poder do Papa garantiram ao rei Vitor Emanuel II o apoio de republicanos influentes como Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi.

Sendo que a igreja católica só retomou seu poder em 1929, quando o Tratado de Latrão, assinado entre a Igreja e Benito Mussolini, possibilitou o surgimento do Estado do Vaticano.

Com o crescimento dos territórios conquistados, Vitor Emanuel II autodeclarou-se rei de toda a Itália em 17 de março 1861.

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