Através de um vídeo lançado em redes sociais nesta última semana, tivemos conhecimento de mais um caso de tortura ocorrido há mais um ano atrás, em março de 2018. O vídeo mostra imagens repugnantes de tortura e humilhação de um rapaz negro por seguranças do supermercado Extra no bairro elitista do Morumbi.
Os torturadores chegaram a despir o rapaz, a amarraram-no pelo pescoço e boca, enquanto batiam em suas mãos com uma barra e aplicavam choques elétricos em todo seu corpo. A assessoria de imprensa do Extra e da empresa de segurança privada, a G8, soltaram notas em que afirmam cinicamente ser contra tais atos.
É preciso saber que este caso não acontece de maneira isolada. Nos últimos meses as notícias de casos de tortura contra a classe trabalhadora só vem aumentando, sobretudo à população negra e pobre. Os casos registrados são somente um indício que a tortura vem sendo método utilizado pelos patrões e pelos seus capangas serviçais do capitalismo como política de repressão e perseguição aos trabalhadores.
No vídeo divulgado é possível notar que o segurança, capacho e serviçal dos patrões, demostra o caráter fascista das empresas e exige que o torturado repita “galera, não rouba mais o Extra Morumbi”. Isso demonstra a política de guerra das empresas contra a classe trabalhadora e a população negra e pobre, que soltam seus cachorros serviçais para fazer o serviço sujo que o capitalismo necessita.
O governo golpista e as empresas têm interesse de esconder a situação de miséria e revolta que vive a classe trabalhadora no Brasil. E para isso recorrem à violência para reprimir qualquer tipo de manifestação que reage à barbárie que governa esse país.
Os casos de tortura precisam ser denunciados amplamente e combatidos pela classe trabalhadora organizada em Comitês de autodefesa e Comitês de luta contra golpe. Não é possível contar com os órgãos de justiça e a imprensa burguesa e golpista para combater essas práticas. É preciso denunciar o caráter político da violência utilizada pelos golpistas em geral contra a classe trabalhadora desde o golpe de Estado, e incentivada sobretudo pelo governo autoritário de Jair Bolsonaro.
Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Eleições Gerais! Liberdade para Lula!