Nesta terça-feira (06), a vereadora Eliza Virgínia mostrou suas cores direitistas em discurso sobre o direcionamento de recursos para o setor cultural. Um dos pontos importantes deste discurso reacionário acerca dos investimentos do estado, a vereadora chegou a chamar Ludmilla, uma artista popular do funk, de “maconheira”.
Neste mesmo discurso a vereadora ainda acusou a artista de fazer apologia ao crime, de ser traficante e criminosa: “Quem vai receber esse auxílio? Eu espero que esse auxílio seja destinado a verdadeiros artistas, e não por exemplo para artistas que ficam nus nos museus, não por exemplo para artistas que fumam maconha, como a maconheira da Ludmila. Esse tipo de artista não merece receber auxílio emergencial do governo”
A vereadora também foi para as redes sociais para continuar seu ataque a artistas popular com um vídeo tipicamente “polemico”. Na legenda do vídeo a seguinte passagem: @ludmilla , você não faz arte, você induz ao crime! Se você entendesse o quão boa influência você poderia ser pra crianças e adolescentes… Mas, pelo contrário, prefere ser péssimo exemplo pra todos que lhe veem. Tá errada! E tem que pagar.”
A vereadora não reconhece, por outro lado, que a artista na qual ela se refere não consta no seu raio de poder, pois não é de João pessoa. Portanto, Ludmilla não se encontra no auxílio. Este tipo de comentário não tem relevância nenhuma como discussão de questões praticas na verdade, e é um discurso de direita, que se vê sempre na posição de atacar os artistas populares como os verdadeiros culpados da pobreza e crime sofridos pelo povo diariamente neste país.
Esse tipo de ataque da vereadora não é nada novo, e enquanto existir o Funk, ou alguma “Ludmilla”, continuará a fundo. É necessário a compreensão de essa é a mentalidade da direita. A vereadora, em posição de algum poder, inventou um motivo pra atacar o auxílio de um artista por motivos pessoais, por palpite puro sobre suas próprias concepções individuais de moral, baseadas em uma completa desinformação sobre a cultura brasileira do Funk e de seus ouvintes e artistas. Não só é ridículo, como também é uma demonstração de que se a direita usa qualquer desculpa para não dar auxilio algum, principalmente a categorias populares, é válida.