O vereador Elias Chediek (MDB), um representante político da extrema-direita bolsonarista, apresentou em 3 de Abril na Câmara Municipal o requerimento 390/2020, que tem por objetivo censurar a campanha Fora Bolsonaro em Araraquara.
No requerimento, o vereador afirma que a propaganda política feita por meio de colagem de cartazes em postes e semáforos com as palavras de ordem Fora Bolsonaro e Eleições Gerais é uma atividade criminosa. Chediek afirma que é dever da Prefeitura Municipal perseguir, processar e punir os militantes da campanha, aplicando uma multa no valor de R$ 248,40, que pode ser dobrada em caso de reincidência. É solicitado um informe sobre quais as medidas que estão sendo tomadas pelo poder executivo municipal para perseguir os militantes e impedir o desenvolvimento da campanha.
O vereador bolsonarista, à serviço da burguesia e do movimento fascista local, o Movimento Conservador-Araraquara, quer perseguir e criminalizar os militantes da campanha Fora Bolsonaro na cidade de Araraquara, o que é uma posição ditatorial. A Constituição de 1988 garante as liberdades de manifestação, organização e expressão política em todo o território nacional.
Na realidade, o que Chediek quer é impedir que a esquerda, por meio da propaganda e agitação política nas ruas, mobilize o povo pela derrubada imediata do governo Jair Bolsonaro, que tem deixado a população à mercê do coronavírus, da morte em hospitais superlotados ou mesmo sem qualquer atendimento na área da saúde e se aproveitado da situação para atacar os direitos sociais, trabalhistas e as condições de vida. Em meio ao clamor popular por auxílio em virtude das demissões e do aprofundamento da miséria, Bolsonaro apresentou um pacote de 1 trilhão de reais para salvar os bancos e grandes capitalistas.
Claro que a Chediek, não importa o aprofundamento da miséria e da opressão política no país. Para ele, o fundamental é contribuir na instauração de uma ditadura militar, objetivo inconfesso dos bolsonaristas, onde os militantes de esquerda possam ser torturados e assassinados pelas forças de repressão do Estado. Ao propor a criminalização da colagem de cartazes, instrumento essencial para a difusão de ideias políticas, a ideia é criminalizar a atividade política em si.
Como disse Jair Bolsonaro, era preciso ter matado 30.000 e Elias Chediek está disposto a contribuir, na medida de suas reduzidas possibilidades como vereador, para que tal objetivo se concretize desta vez.
É preciso mobilizar a população contra qualquer tentativa de cassação dos direitos democráticos.
Foto: Cartaz da campanha Fora Bolsonaro e Eleições Gerais em Araraquara