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Eleições pela bala

Vereador assassinado no Rio de Janeiro: uma eleição ditatorial

Mais um candidato a vereador assassinato, mostrando que a violência e o vale tudo são mais importantes do que o voto popular

A primavera de 2020 começou quente não só  com as altas temperaturas, mas também com a intensidade da luta política que tem se utilizando da violência para a eliminação de concorrentes aos cargos políticos. A última vitima foi Mauro Miranda, abatido a tiros em Nova Iguaçu. O Candidato a vereador  de 49 anos pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC) entrou numa relação bastante habitual  nas eleições do Estado Brasileiro, ou seja, a eliminação física dos concorrentes políticos.

Mauro Miranda foi assassinato quando estava em uma padaria em Nova Iguaçu. Homens armados entraram no local.  O Resultado do atentado além da morte do candidato foi que outras duas pessoas ficaram feridas. Mas este atentado não é uma exceção.

Carolina Marins do site UOL apresentou, em 25 de setembro, um levantamento feito pelas organizações Terra de Direitos e Justiça Global  mostrando que desde de janeiro de 2016 já teriam ocorridos 125 assassinatos e atentados a políticos no Brasil. Neste levantamento é mostrado que a grande parte destas violências se concentram no nível municipal, uma vez que em 92% dos casos se referiam a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, eleitos ou candidatos.  Este levantamento também informa que este ano até setembro já teriam ocorridos pelo menos dois assassinatos por mês de pelo menos algum prefeito ou vice-prefeito ou vereadores, candidatos, pré-candidatos ou eleitos.

Semana passada, na cidade de Patrocínio, Minas Gerais, um pré-candidato a vereador foi morto a tiro ao tentar recuperar o seu celular, que o secretário da Obras da Cidade, irmão do prefeito, tinha pegado para impedir que ele realizasse uma transmissão ao vivo criticando a administração municipal.

No dia 1 de setembro, em Magé, município fluminense, Sandra Silva, ´a Tia Sandra, pré-candidata a vereadora pelo PSB foi encontrada morta em um rio. Em São João de Meriti, no final de fevereiro, o empresário Aerton Santos de Araujo, pré-candidato a vereador em Duque de Caxias, mais um município da Baixada Fluminense, foi  encontrado morto no seu carro. Em 28 de março Ubirajara Moraes Pereira, o Bira da Saúde, pré candidato a vereador por São João de Meriti e assessor do deputado federal Gelson Azevedo (PL), foi executado com dez tiros na cabeça.

O Rio de Janeiro, em especial a Baixada Fluminense, é um claro retrato sobre a realidade das eleições no Estado “democrático” brasileiro. Uma realidade já demonstrada no livro de Mario Palmares, Vila dos Confins. Eleições que não tem nada de democráticas, mas sim que mantém uma estrutura retratada nos livros de Guimarães Rosa e Graciliano Ramos: do voto de cabresto. Quem quiser participar da política precisa do aval do coronel da região, mesmo em cidades populosas como as da Baixada Fluminense, porque senão vai comer a grama pela raiz.

Logo, ainda que a impressa burguesa tenha reverberado que o número de candidatos nestas eleições é um recorde, elas se mostram mais uma vez fraudulentas, pois eliminam os candidatos reduzindo as opções para a suposta escolha popular. Sendo na verdade uma eleição ditatorial agravada pelo controle da arma que não permite a população se defender e a coloca a mercê de grupos armados com a conivência do Estado Burguês.

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