No final da tarde de segunda-feira (22), a Venezuela sofreu mais um ataque que afetou cerca de 16 estados do país. Dessa vez, houve um ataque eletromagnético, que danificou os serviços de energia por toda Venezuela, inclusive os transportes, que voltaram gradativamente a funcionar nesta terça-feira (23) pela manhã. Caracas chegou a ficar 6 horas sem energia, fazendo com que o governo tivesse que suspender as jornadas de trabalho e as aulas nas escolas e muitos trabalhadores tiveram que voltar a pé para suas casas, no escuro.
Para assegurar que os serviços voltariam a funcionar normalmente e que a população estaria em segurança, as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas ativaram protocolos de segurança. Esse ataque à energia da Venezuela não é o primeiro a ocorrer, entre março e abril deste ano, a Venezuela recebeu ataques ao Sistema Elétrico Nacional, e a partir disso, o governo precisou implementar protocolos de segurança.
O ataque chega num momento muito suspeito, onde os olhos de vários países estão voltados à Venezuela, já que o país recebe dois eventos importantes esse mês, a reunião ministerial do Movimento dos Países Não-Alinhados, que aconteceu no último sábado (20) e domingo (22) e, a partir desta quinta-feira, o Foro de São Paulo, com a presença de cerca de 150 delegações e mais de 800 convidados. Inclusive, estará presente uma delegação de 60 membros de movimentos populares dos EUA, que participarão pela primeira vez do evento.
Não é novidade que o imperialismo norte-americano tem feito de tudo para derrubar o governo de Maduro e não parece ser diferente agora com esse ataque na energia do país. Segundo o governo de Nicolás Maduro, as investigações apontam para a possibilidade de sabotagem. O comunicado oficial diz que “Os indícios da investigação, aberta em Bajo Coroní, mostram a existência de um ataque de caráter eletromagnético que pretendia afetar o sistema hidrelétrico da região venezuelana de Guayana, principal provedor do país”.