Desde outubro de 2018, a Venezuela acusa o Banco da Inglaterra de reter ilegalmente 31 toneladas de ouro pertencentes ao governo venezuelano, no valor de 1,2 bilhão de dólares. Agora, o presidente do Banco Central da Venezuela, Calixto Ortega, declarou que realizou um acordo com a ONU para utilizar uma parte deste ouro para comprar medicamentos, equipamentos e alimentos para auxiliar a população de seu país na luta contra o coronavírus.
Ainda assim, Ortega declarou que deve se esperar um julgamento perante um tribunal de Londres, onde o governo venezuelano processa o Banco da Inglaterra pelo roubo de 31 toneladas de ouro. Em 2018, quando foi feita a acusação, a reserva era de 14 toneladas de ouro.
A alegação do Banco da Inglaterra para a não entrega das reservas é de que o Reino Unido não reconhece o governo de Maduro como legítimo da Venezuela. Na verdade, eles invertem os fatos e reconhecem como presidente o golpista conspirador Juan Guaidó, que se autoproclamou mandatário em janeiro de 2019.
Guaidó pediu em 2019 à primeira-ministra britânica Theresa May que retivesse essas reservas de ouro, sob a acusação de que a repatriação dele para o governo venezuelano seria uma “transação ilegítima”.