O governo da Venezuela condenou corretamente, nessa quarta-feira, 26, nove militares, tanto da ativa, quanto da reserva, por terem participado da tentativa de organização do golpe de estado contra o presidente Nícolas Maduro em 2014. As sentenças variam entre cinco e nove anos de prisão.
O governo nacionalista venezuelano há vários anos vem resistindo contra as tentativas de golpe organizadas pelo imperialismo norte-americano. Em 2002, por exemplo, Hugo Chavez chegou a ser deposto pela direita golpista, mas voltou ao poder após uma enorme mobilização popular. Em 2014, a direita golpista na Venezuela retomou a ofensiva de forma extremamente violenta. Os grupos direitistas e fascistas atacaram, e até mesmo atearam fogo contra ativistas chavistas, organizaram as chamadas “garimbas”, manifestações nas quais realizavam ataques contra os chavistas. Um procedimento que se tornou comum, por exemplo, foram a instalação, por parte da direita, de fios cortantes entre os postes das ruas para decepar a cabeça dos apoiadores do governo da Venezuela.
Cerca de 43 pessoas foram mortas nessas manifestações. Somado a isso, passaram a ocorrer também os boicotes econômicos por parte dos capitalistas com o objetivo de gerar a crise interna no país.
O Exército venezuelano, em sua imensa maioria, mostra-se fiel ao governo nacionalista devido às diversas reformas feitas nos últimos anos pelo chavismo, retirando as alas mais direitistas. Todavia, dada a pressão do imperialismo, e a crescente ameaça de invasão da Venezuela por parte dos EUA, setores minoritários das forças armadas se colocam alinhados à política golpista, como foi o caso desses nove militares, que estiveram por trás da tentativa de golpe.
A medida adotada pelo governo Maduro é correta, a direita só pode ser parada se for enfrentada, pelos meios necessários. Uma coisa que não foi feita no Brasil, por exemplo. Após o término da ditadura, os generais, coronéis, que organizaram o terror, a tortura contra o povo, não sofreram qualquer punição. Hoje vemos os herdeiros dessa escória militar ameaçar o País novamente com um novo regime de repressão e perseguição contra o povo.