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Venezuela: nenhum acordo com os golpistas! Nenhuma eleição adiantada para a presidência!

Da redação – A Venezuela, detentora da maior reserva de petróleo e da segunda maior reserva de ouro do mundo, tem sido, por esse motivo, atacada duramente pelo imperialismo norte-americano.

O país, localizado ao norte da América do Sul, faz fronteira com o Brasil, Colômbia e com a Guiana e possui uma imensa costa voltada para o Oceano Atlântico.

Sua proximidade com a Nicarágua, país da América Central, onde está sendo construído em parceria com a China, um canal de navegação que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico, encurtará bastante a distância e reduzirá os custos da operação da venda do petróleo para o país oriental, maior concorrente dos EUA pela exploração e consumo do produto.

Além disso, a Venezuela está sendo governada pelo chavismo, desde a eleição de 1998, quando Hugo Chávez chegou ao poder, através de eleições diretas, pela força das massas, já saturadas e estranguladas pela exploração de governos pró-imperialistas que funcionavam como representantes dos interesses econômicos dos EUA no país.

Desde 1998 até o atual momento, a Venezuela já realizou 7 eleições presidenciais, sendo vitorioso em cinco delas o ex-presidente Hugo Chávez, substituído por seu vice, Nicolás Maduro, que após a morte de seu antecessor em 2013, venceu duas eleições.

Percebendo que não voltarão a controlar as riquezas do país por meio da vontade popular, os EUA, por meio do seu imenso poderio econômico, lançou um plano de desestabilizar o governo de Maduro por meio de boicotes econômicos, onde punem os países que fazem negócios com a Venezuela.

Além disso, a burguesia nacional venezuelana, corrompida pelo imperialismo-norte-americano, impõe um boicote de abastecimento interno para gerar insatisfação no povo venezuelano, que consequentemente poderia responsabilizar Maduro pelos efeitos da crise provocada pela direita do país.

No dia 23 de janeiro, em Caracas, capital da Venezuela, o golpista e lacaio dos EUA, atual presidente da ilegal Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino do país. Não por ter tido votos para isso, não por aclamação popular, mas por orientação direta da Casa Branca, em Washington.

Alguns países serviçais do imperialismo norte-americano, como Argentina, Chile e Brasil, reconheceram Guaidó como presidente interino da Venezuela, demonstrando o domínio dos EUA sobre seus governos.

No dia 26 de janeiro, Espanha, França e Reino Unido se aliaram ao golpismo na Venezuela e passaram a pressionar o governo Maduro por novas eleições, ao que receberam a seguinte resposta, dada pelo presidente legítimo à agência de notícias russa RIA Novosti:

“Não aceitamos ultimatos de ninguém no mundo, não aceitamos a chantagem. As eleições presidenciais aconteceram na Venezuela (em 2018) e, se os imperialistas querem novas eleições, que esperem até 2025”

Isso demonstra um posicionamento decidido de Maduro em defender os interesses do povo venezuelano e firme em não ceder às pressões do imperialismo para novas eleições presidenciais.

Por outro lado, Maduro diz que aceita negociar com os opositores e até pensa em organizar novas eleições legislativas.

Atualmente a assembleia legislativa venezuelana é dominada pela direita golpista e entreguista e promover novas eleições parlamentares, embora pareça ser algo positivo para tirar dos golpistas essa Casa, na verdade seria um erro do governo, porque a Assembleia está legalmente em “desacato” pela Justiça, uma vez que a direita só conseguiu a maioria a partir de uma fraude nas eleições de 2015 e não quis aceitar a decisão do Poder Judicial. Além disso, a Assembleia Nacional Constituinte, eleita em 2017 e composta por muitos trabalhadores, substituiu as funções da AN.

Maduro diz que “seria muito bom organizar eleições legislativas antes, seria uma boa forma de discussão política, uma boa solução através do voto popular.”

No entanto, em primeiro lugar a direita não aceita novas eleições parlamentares. Em segundo lugar, caso haja, seria uma completa desestabilização da Venezuela como sempre ocorre no período eleitoral, a oposição mataria chavistas nas ruas, não reconheceria a derrota e os Estados Unidos utilizariam isso para aumentar a pressão sobre Maduro. Ou, no pior dos casos, com muito dinheiro despejado pelo imperialismo, com a perseguição fascista ao eleitorado chavista, com a desestabilização do país, a direita golpista conseguiria ganhar de forma fraudulenta, impondo uma derrota importante ao governo e fortalecendo a falsa narrativa de apoio popular à direita e ilegitimidade do governo.

O que Maduro e o chavismo devem fazer é prender Juan Guaidó, pois em nenhum lugar do mundo um opositor golpista se declara presidente da República, pede intervenção estrangeira no país contra o povo cometendo crime de lesa-pátria (que existe na Venezuela) e fica impune. Além disso, Maduro também deveria dissolver a Assembleia Nacional, que é ilegal e que age contra o povo, impedindo todas as ações do governo.

Ademais, a solução para a Venezuela passa pela expropriação completa da burguesia nacional, que é a principal responsável pela crise à qual a população está sendo exposta.

Para colocar as forças produtivas a serviço da produção e do abastecimento da Venezuela, a burguesia deve ser desapropriada urgentemente, para que a exploração do povo desse país dê lugar ao desenvolvimento sustentável e à distribuição das riquezas entre os que trabalham, cortando a principal arma do imperialismo para desestabilizar o país, que é o poder econômico.

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