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Venezuela: não prender Juan Guaidó é um grave erro

As autoridades venezuelanas cometem um grave erro ao recuarem em seu discurso e não prenderem o criminoso golpista e entreguista Juan Guaidó.

Primeiro, em uma manifestação típica do pensamento pequeno-burguês, fizeram uso de um artifício na justiça como uma manobra para conseguir, eventualmente, deter o presidente eleito por Donald Trump.

Em segundo lugar, Maduro, ao decretar o fechamento das fronteiras por tempo indeterminado, impôs a proibição de saída do país. Por exemplo, turistas brasileiros que estavam na Venezuela tiveram de recorrer a uma negociação entre as autoridades venezuelanas e brasileiras para poderem voltar ao Brasil.

No entanto, Guaidó saiu do país sem nenhum problema. Se encontrou com seus co-conspiradores Iván Duque, Jair Bolsonaro, Mario Abdo e Lenín Moreno. O governo legítimo da Venezuela declarou que, se voltasse para o país, a marionete imperialista seria presa por violar o fechamento das fronteiras.

E Guaidó voltou à Venezuela, aterrissando no aeroporto de Maiquetía, logo depois saindo às ruas de Caracas para subir em postes e fazer seu espetáculo. Tudo passou absolutamente impune.

Não se trata aqui de defender a prisão de um indivíduo porque se defende a repressão e o encarceramento em massa. Trata-se de uma medida política contra um inimigo declarado do povo venezuelano. Juan Guaidó pediu abertamente que os Estados Unidos e outros países interviessem militarmente contra seu próprio país, o que significa o massacre de, pelo menos, dezenas de milhares de venezuelanos, exigido por um vigarista que se diz presidente da Venezuela.

Juan Guaidó, bem como os opositores da direita golpista venezuelana, não passa de um agente do imperialismo que atua contra seu próprio país. Em qualquer lugar do mundo um cidadão que tenta assumir o cargo de presidente da República através de um golpe – e ainda mais de uma invasão estrangeira – seria preso e condenado.

Em 1961, um grupo de militares que tentou dar um golpe contra o então presidente francês Charles de Gaulle obteve condenações de até 15 anos de prisão e mesmo à morte. Na Espanha, o golpe militar fracassado de 1981 rendeu uma pena de até 30 anos de prisão para dezenas de golpistas. Isso para falar apenas nos países imperialistas.

Na própria Venezuela, o então tenente-coronel Hugo Chávez ficou preso por dois anos por comandar um golpe, em 1992, contra o governo absolutamente impopular de Carlos Andrés Pérez, um governo neoliberal que, havia mais de três anos, já enfrentava a ira popular. Foi, na verdade, uma insurreição civil e militar, que expressava a indignação do povo contra o regime neoliberal, e que deu a Chávez uma popularidade tal que, seis anos depois, o levou à Presidência da República.

O golpe de Guaidó é um ato criminoso, um atentado contra o povo venezuelano, que deve ser punido com a prisão dele e de todos os golpistas. Maduro deve atender ao clamor popular, que ficou nítido no dia 23 – quando fracassou a invasão “humanitária” – em que, no comício contra a invasão, o povo gritou “preso, preso, preso” em referência ao deputado de extrema-direita.

O que ocorre na Venezuela é uma guerra. E em uma guerra não se pode dar sinais de fraqueza para o inimigo. A posição das autoridades venezuelanas de recuar da decisão de prender Guaidó mostra para os golpistas e o imperialismo que o governo está na defensiva. Logo, a extrema-direita vê uma oportunidade para se reorganizar e rearticular a intervenção imperialista.

Os chavistas têm receio de prender os golpistas porque o governo dos Estados Unidos ameaça com uma forte retaliação caso seus fantoches sejam merecidamente reprimidos. Maduro acredita que, passando uma mensagem de que está disposto a dialogar, o imperialismo irá dialogar. Mas o imperialismo não está mais disposto a conciliar com o governo venezuelano. Isso apenas serve de munição à direita imperialista para partir para cima do governo, em novas ofensivas golpistas e intervencionistas.

Com os golpistas e o imperialismo não se pode conciliar. A população venezuelana clama, e é preciso atender à sua reivindicação: prisão para Guaidó!

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