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Extrema-direita lança nova tentativa golpista na Venezuela: o povo tem que esmagar os fascistas

Está em marcha uma nova etapa golpista na Venezuela. O imperialismo, cansado de tentar derrubar o chavismo por meios “suaves” e tendo aprendido do fracasso golpista de 2002, agora lançou uma ofensiva ainda mais complexa e perigosa.

A partir da campanha propagandística de que o segundo mandato de Nicolás Maduro seria ilegítimo, os imperialistas fazem novo uso de seus agentes da oposição venezuelana e latino-americana para desestabilizar o governo de tal forma que, ou conseguem derrubar Maduro por meio de um golpe militar, ou causam uma guerra civil fratricida com possibilidade de invasão estrangeira.

Na madrugada de segunda-feira (21), um grupo de militares golpistas tentou organizar uma insurreição em Caracas, mas a operação foi derrotada e 27 foram presos. Eles são membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), que seria um dos principais focos de infiltração golpista.

De fato, o imperialismo sempre se esforça para se infiltrar nas forças armadas de um país cujo regime é um nacionalismo radical. Na Venezuela não é diferente. A questão é que, desde os primeiros anos do governo de Hugo Chávez, tais forças foram reformuladas e transformadas, em grande medida, em exércitos populares, nos quais a classe trabalhadora tem uma grande participação. Além disso, o alto oficialato, principalmente desde o golpe de 2002, tem sido formado, majoritariamente, por militares alinhados ao bolivarianismo. É o caso do ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, que parece realmente ser fiel ao governo, ao contrário de oficiais e comandantes militares de outros países como o Brasil, onde Eduardo Villas Boas era tachado de nacionalista e legalista mas se revelou de forma escancarada como um golpista e bolsonarista.

A pressão externa aumentou, com o não reconhecimento de Maduro por parte dos governos golpistas e, esses sim, ilegítimos, do Cartel de Lima, que inclui o Brasil de Bolsonaro, eleito de maneira fraudulenta para a Presidência da República em 2018. Esses países, que já impõem há algum tempo um cerco à Venezuela, agora aumentarão o bloqueio político, econômico, diplomático. O financiamento, treinamento e apoio de todas as formas aos golpistas da extrema-direita venezuelana também irá aumentar. A Colômbia, por exemplo, arma a extrema-direita e infiltra mercenários para provocar caos na Venezuela, e o Brasil de Bolsonaro irá fazer o mesmo, como pode ser entendido das próprias declarações dos membros do governo ilegítimo.

Mas para que tudo isso tenha chances de se concretizar, o imperialismo e seus fantoches venezuelanos precisam passar a impressão de que têm apoio popular (o que, na verdade, não têm). Por isso, organizam manifestações nas quais mobilizam a pequena-burguesia coxinha e cada vez mais fascista, além de grupos nitidamente fascistas, paramilitares e mercenários para destruir as cidades e atacar a esquerda.

Exemplo disso foi o que ocorreu na madrugada de ontem (22), quando a direita saiu às ruas para um protesto golpista expressando seu desconhecimento da posse de Maduro. A manifestação foi violenta e esvaziada, como costumam ser os atos da direita, e um grupo fascista incendiou a sede do centro cultural Robert Serra, local de recreação para a comunidade popular de La Pastora (Caracas), batizado em homenagem ao líder social e dirigente do PSUV assassinado pela extrema-direita em 2014.

Para hoje também foi convocado um ato da direita. Trata-se da repetição das jornadas golpistas ocorridas em 2013, 2014 e 2016, cujas manifestações violentas deixaram centenas de mortes, a maioria causada pelos ataques da direita. Movimentos populares venezuelanos denunciam que a oposição está organizando um plano para disfarçar seus mercenários, passando-se por coletivos de esquerda, para que disparem com armas de fogo e causem mortes, as quais seriam atribuídas ao governo como mais uma forma de impulsionar uma intervenção estrangeira para derrubar Maduro. Por isso, hoje também haverá uma contramanifestação do povo em apoio ao governo e em rechaço ao golpe da direita.

A única maneira de vencer definitivamente todas as investidas golpistas da extrema-direita fantoche do imperialismo é mobilizando o povo de forma radical. As milícias bolivarianas e outras forças populares estão armadas, e esse armamento deve ser estendido a todos os trabalhadores do país para que derrotem a direita na força, uma vez que essa é a única linguagem que os fascistas entendem.

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