Caracas, AVN* – A Venezuela denunciou nesta quinta-feira no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), que representantes do governo de Donald Trump estão fabricando neste momento a narrativa sobre um grande número de supostos desertores da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). O objetivo é justificar “a formação de um suposto Exército de Liberação da Venezuela em território colombiano para infiltrar-se em nosso país e destruir a paz da nossa nação”.
O alerta foi feito pelo representante da Venezuela na ONU, Samuel Moncada, que denunciou que os organizadores deste grupo “armado criminoso fazem alardes públicos nos meios de comunicação da Colômbia com total impunidade”.
Em seu discurso destacou que ja não se trata do uso da força militar mas de seu uso clandestino “de uma guerra com mercenários pagos do mesmo modo que se executou na Nicarágua na cruel guerra dos Contra”.
Moncada recordou que o responsável pela guerra dos Contra no pais centro-americano foi Elliott Abrams, que também foi nomeado este ano por Trump como o emissário especial para a Venezuela.
“É o mesmo que usou aviões carregados com armas disfarçadas de ajuda humanitária para estimular a morte e a destruição da Nicarágua e ele quer que nós acreditemos que está muito interessado em enviar ajuda humanitária à Venezuela com encapuzados lançando coquéteis molotov”.
Elliott Abrams que fez parte dos governos dos ex-presidentes Ronad Reagan e George W. Bush. esteve envolvido no caso Irã-Contras. Foi declarado culpado por ocultar informação ao Congresso durante a investigação do caso, embora depois tenha sido indultado por Bush.
Em 1981, o então presidente Reagan autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA) a financiar o movimento armado de direita conhecido como “Contra nicaragüense”, que tinha o objetivo de derrubar o governo liderado pela Frente Sandinista de Liberação Nacional.
* Os artigos reproduzidos não expressam necessariamente a posição do Diário Causa Operária e do Partido da Causa Operária.