Foi capturado na última sexta feira (11/09) no estado de Falcón na Venezuela, um homem suspeito de ser espião dos EUA. A informação foi dada pelo próprio presidente venezuelano Nicolás Maduro, que disse trata-se de uma tentativa de atentado contra as refinarias de Amuay e Cardón no norte do país, no estado de Falcón. O suspeito foi detido com armamento de grosso calibre e grande quantidade de dinheiro (em dólares). Segundo as autoridades venezuelanas há provas de que o espião é um ex-agente da CIA que teria servido no Iraque e faz parte de um plano para explodir refinarias na Venezuela. Maduro afirmou a emissora estatal VTV que há apenas dois dias o Ministro do Petróleo, Tareck El Aissami, junto com um grupo de especialistas e engenheiros frustraram um plano para causar uma explosão na refinaria de El Palito, uma das mais importantes do país. Embora haja tensões políticas entre EUA e Venezuela, não há uma declaração formal de guerra, o que torna os repetidos ataques da potência imperialista contra o país caribenho um crime à luz do direito internacional. Esta prática de terrorismo de Estado não chega a ser novidade nos métodos estadunidense, durante a Guerra Fria, os prepostos dos EUA costumavam sobrevoar Cuba lançando panfletos que incitavam o povo a rebelar-se contra a revolução e ateando fogo a plantações. Também registrou-se diversos atentados à infraestrutura elétrica de Cuba. Em 1996 após notificarem as autoridades dos EUA múltiplas violações de seu espaço aéreo desde maio de 1994, a força aérea cubana abateu dois aviões que se dirigiam à ilha. Em maio deste ano as forças venezuelanas frustraram uma operação mercenária batizada de operação Gideon. Cerca de 60 mercenários pretendiam sequestrar o presidente venezuelano, mas foram impedidos. As autoridades informaram que mataram 8 mercenários e prenderam 17. Os presos confessaram que foram contratados por uma empresa privada denominada Silvercorp que teria a participação do fantoche autodeclarado presidente Juan Guaidó. O presidente Maduro pediu aos trabalhadores das refinarias e aos habitantes do estado costeiro de Falcón que permanecessem atentos à ameaça de um possível ataque. As repetidas ações terroristas norte-americanas contra o povo venezuelano devem ser repudiadas por todo o povo latino-americano, assim como devemos repudiar a campanha difamatória da imprensa burguesa que numa vergonhosa operação de calúnia, tenta inverter os papeis e fazer de vilão a vítima e de vítima o verdadeiro vilão. Os repetidos ataques à Venezuela estão na trilha de acontecimentos que compõem uma conjuntura geopolítica que teve como fato inaugural o golpe em Honduras em 2012 e abriu uma sequencia de golpes de Estado na região, incluindo ai o Brasil. Compreender como estes acontecimentos se entrelaçam é fundamental para entender o atual período histórico e traçar políticas de enfrentamento em resposta. Neste sentido convidamos o leitor a assistir no próximo dia 15, entrevista com o presidente deposto em Honduras, Manuel Zelaya na COTV. Esperamos você.