Hoje é dia nacional de mobilização. Todas as capitais do País, desde às 8 horas da manhã, começam pouco a pouco ter em suas ruas a classe trabalhadora, militantes e ativistas de diversos partidos e organizações populares, contra o regime golpista, exigindo vacina, emprego e auxílio.
A data vem se mostrando fundamental para a expansão da luta não só contra o genocídio na pandemia, mas também contra todo golpe de Estado. Este é o terceiro ato de tipo nacional a ser realizado no mês de maio, após o importante impulso inicial dado pelo ato de 1º de maio, convocado pelo Partido da Causa Operária e Comitês de Luta. Com esta mobilização, chegou-se a um ponto de inflexão de toda a política de paralisia levada à frente pelas direções da esquerda pequeno-burguesa. Semana após semana da realização do ato nacional, os trabalhadores passaram a entrar em movimento, forçando suas direções a agir e obrigando-as a abandonar, pouco a pouco, a política do “fique em casa”, que se revelou, de forma contundente, ser totalmente antagônica aos interesses da classe operária.
Greves, atos, a classe operária em movimento
Com isto, greves passaram a surgir em diferentes partes do país. Os primeiros, os portuários, se mobilizaram em locais importantes, como o porto de Santos (SP), Itajaí e Jaraguá do Sul (SC), logo após os petroleiros anunciaram estado de greve nas unidades da PBio, onde a empresa era ameaçada de privatização. No mesmo caminho seguiram os metroviários de São Paulo e Belo Horizonte, além dos professores, que, em diversos estados se encontram em estado de greve há cerca de 1 mês.
Todos estes casos revelam que a situação se dirige a uma tendência cada vez mais à esquerda no País, assim como ocorre em toda América Latina. A movimentação dos trabalhadores foi uma vitória importante para a luta contra o golpe. Sem ela, atos como os do dia 13 e agora, os do dia 29, jamais ocorreriam se dependessem apenas da convicção das direções políticas da esquerda brasileira.
Por isso, neste dia 29 é fundamental tomar às ruas de todo país, tornar os atos nas capitais mobilizações de diversos setores oprimidos expandindo as manifestações. O dia 29 não pode ser visto como uma data isolada, mas sim como um momento decisivo para o aumento da mobilização contra os golpistas. Logo, é necessário não apenas tomar às ruas, como também levar a frente um programa de luta, exigindo vacinação de toda população, emprego e auxílio emergencial. Com esta base, a mobilização tende apenas a crescer, impulsionando futuras e necessárias manifestações, cada vez mais amplas com a presença da classe operária.
É hora de sair às ruas!
Neste programa de luta, alguns pontos são de extrema urgência para a população brasileira. Primeiramente, há o problema da pandemia no país, responsável, graças a política genocida de Bolsonaro e dos governadores ditos “científicos”, de levar o País a cerca de meio milhão de mortos. Para resolver esta questão, não há como esperar que as instituições controladas pelos golpistas irão alterar sua política frente ao massacre da população. Um ano já se passou, e o Brasil se encaminha já para sua terceira onda de contágios na pandemia.
A única maneira de barrar este genocídio é tomando as ruas, exigindo a vacinação completa de toda população. A burguesia, sobretudo João Doria, governador de São Paulo, se utilizou muito da propaganda em torno da vacinação para emplacar um candidato da ala “científica” nas eleições de 2022. Contudo, o projeto de vacinação se mostrou rapidamente uma enorme farsa, sendo que um dos problemas centrais está na falta justamente de insumos e no fato de que o país depende inteiramente da importação de outras nações, para combater a pandemia.
Esta situação permanece, graças a não quebra das patentes de todas as vacinas e materiais necessários para produzi-las. A situação fica ainda pior, quando os golpistas brasileiros se colocam do lado do imperialismo na defesa das patentes, que até o momento servirão unicamente para dar a países como Estados Unidos e Inglaterra todo o monopólio da vacinação, enquanto para os países atrasados, nada restou.
Por isso, o programa de luta dos trabalhadores deve exigir a quebra das patentes assim como a vacinação de toda população. Apenas tomando as ruas e pressionando por meio da luta que a sobrevivência da classe operária poderá ser garantida.
Por emprego, vacina e auxílio!
Outra questão é o problema do desemprego e fome. Já foi denunciado o fato de que no Brasil cerca de 52% da população encontra-se em um estado de ou completo desemprego ou emprego não estável. Isso significa, que a maior parte da população brasileira sequer tem garantia que no próximo mês terá condições de ter recursos suficientes para sobreviver em meio a crise. Ligado a este problema, outro dado revela que ao menos 40% da população tem dificuldades de ter alimentos suficientes para as refeições diárias, dessa maneira a fome e a miséria no Brasil retrocederam duas décadas nas mãos do regime golpista, e retornou ao patamar brutal encontrado no final dos anos 90.
A única saída é levar a frente a mobilização em defesa de um auxílio emergencial de no mínimo um salário mínimo. A esmola dada pelo governo anteriormente não chegou nem perto de resolver o problema da fome, na realidade, mesmo recebendo auxílio grande parte da população continuava na miséria. Logo, é fundamental a defesa de um auxílio real, capaz de garantir todas as necessidades dos trabalhadores. Junto a isso, é preciso lutar contra o desemprego, a classe trabalhadora não pode pagar pela falência dos grandes capitalistas, é assim necessário lutar pela redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais, abrindo novos postos e permitindo que mais pessoas trabalhem.
Todas estas reivindicações estão sendo levadas às ruas de todo país neste sábado, dando um passo adiante na luta pela derrubada do regime golpista. Assim, o PCO, Comitês de Luta e demais organizações da esquerda, convocam todos a se somarem nas ruas, enfrentando os golpistas e exigindo emprego, vacina e auxílio.
Veja a seguir, a lista de capitais onde haverá manifestações e participe!
Norte
PA – Belém – Pça da República | 8h
TO – Palmas – Av. Juscelino Kubitschek – em frente ao Palácio Araguaia | 9 h
Nordeste
AL – Maceió – Praça dos Martírios | 9h
BA – Salvador – Largo do Campo Grande | 10h
CE – Fortaleza – Praça da Gentilandia | 15h30
MA – São Luís – Praça Deodoro | 16H
PE – Recife – Praça do Derby | 9 h
PI – Teresina – Praça Rio Branco | 16h
RN – Natal – Em frente ao Midway Mall | 15h
SE – Aracaju – Pça de Eventos entre os Mercados | 8h
Centro-Oeste
DF – Brasília – Teatro Nacional | 9h
GO – Goiânia – Praça Cívica | 9h
MS – Campo Grande – em frente a UFMS – 8h
MT – Cuiabá – Praça Alencastro | 15h
Sudeste
ES – Vitória – UFES | 15h
MG – Belo Horizonte – Praça da Liberdade | 10H
RJ – Rio de Janeiro – Candelária | 10h
SP – São Paulo – MASP | 16h
Sul
PR – Curitiba – Praça Santos Andrade | 16h
SC – Florianópolis – Largo da Alfândega | 10h
RS – Porto Alegre – Prefeitura | 15h