Na Análise Política da Semana, transmitida todos os sábados, na Causa Operária TV, do dia 01/12, Rui Costa Pimenta falou um pouco sobre a carta pública feita pelo ex-presidente, e atual preso político, Luiz Inácio Lula da Silva. Este percebeu a necessidade da produção da carta, tendo em vista a tentativa de avanço da ala direitista do Partido dos Trabalhadores, a exemplo da fala sobre a destituição de Gleisi Hoffmann da presidência do PT, se colocando em oposição.
Logo após os agradecimentos, ainda no começo do escrito, Lula se refere ao candidato das eleições fraudadas, escolhido pela ala direitista do PT, Fernando Haddad, como um “líder brasileiro reconhecido internacionalmente”. Ele também elogia quatro governadores do Partido, sendo desses, três instrumentos da ala direita do PT. Ele salienta o caráter anormal das eleições, na medida em que o povo não pode votar em quem gostaria, todavia não denuncia, de forma aprofundada, o caráter fraudulento do pleito.
Segundo ele, todos os direitos do povo estão ameaçados pelo futuro governo de Bolsonaro, cujo objetivo é aprofundar os retrocessos implementados por Michel Temer, a partir do golpe que derrubou Dilma Rousseff da presidência em 2016. Lula ainda considera sua prisão fruto de uma farsa judicial, na qual o TSE rasga a constituição e desobedece determinações da ONU, denunciando, ainda, a parcialidade do juiz Sérgio Moro e seu caráter arbitrário, em consonância a extrema direita.
Sobre as mentiras propagadas por Bolsonaro nas redes sociais, afirma que os ataques foram orientados por agentes dos Estados Unidos, e que ele foi bancado pelo departamento de estado norte americano e pelo governo de Donald Trump.
Pode se perceber que a política apresentada por Lula na carta não está em consonância com aquela desenvolvida pela ala direita do PT.
Na atividade que ocorreu nesta mesma data (01/12) a análise conclui que o debate em torno do problema do PT é central nesse momento, pois está diretamente vinculado com o destino da situação politica de conjunto. Todo problema de Bolsonaro consiste em responder a seguinte pergunta: vai, ou não, haver um enfrentamento com sua politica? O PCO acredita que há uma forte tendência a esse enfrentamento. Esta é fundamental, pois, de contrário, a tendência é um aumento dos ataques a classe operária, bem como a repressão, tendo em vista que seu governo, de Bolsonaro, é amparado pela cúpula das forcas armadas.