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Veja como foi a Análise Política da Semana

A análise política deste sábado abordou o problema das eleições no Equador, a política agressiva de Joe Biden, a crise da Lava-Jato e o panorama eleitoral para 2022.

Neste sábado (13), foi ao ar mais uma edição do programa Análise Política da Semana, apresentado pelo companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO).

A Análise Política da Semana é o programa de maior audiência da grade da Causa Operária TV (CoTV). Em geral, são mais de mil pessoas assistindo ao vivo e interagindo com Rui Pimenta, tirando dúvidas, discutindo e comentando. A finalidade do programa é analisar os principais acontecimentos políticos da semana, nos âmbitos nacional e internacional,  sob uma ótima marxista, focalizada no desenvolvimento da luta de classes. Não se trata somente de analisar, mas também de orientar a intervenção das forças de esquerda – partidos políticos, sindicatos, organizações populares – na luta de classes.

A questão das eleições no Equador foi discutida. O imperialismo atua para fraudar o processo eleitoral e impedir a vitória da esquerda nacionalista equatoriana. Andrés Arauz teve cerca de 30% dos votos no primeiro turno e é apoiado pelo ex-presidente Rafael Correia. Este último é perseguido político pela Justiça, teve seu partido político colocado na ilegalidade e foi impedido de participar das eleições, mesmo como vice-presidente. Yaku Pérez e Guillermo Lasso são candidaturas apoiadas pelo imperialismo, virtualmente empatados no segundo lugar, com 20% dos votos cada um.

A novidade é o líder indígena e ecossocialista Yaku Pérez, supostamente uma candidatura de esquerda, porém com apoio do imperialismo para dividir os votos e impedir a vitória da esquerda nacionalista. Recentemente, Yaku declarou que tem apoio dos Estados Unidos e recebeu o apoio da França e Alemanha. O candidato representa as manobras políticas de tipo identitárias promovidas pelo imperialismo, com autodeclarações demagógicas de ecológico, indígena, contra o racismo. A política identitária revela, mais uma vez, seu caráter reacionário e pró-imperialista.

Na impossibilidade de melhorar as condições de vida da população, até mesmo nos Estados Unidos, o imperialismo procura lançar mão da cartada do identitarismo. Vide o caso Joe Biden, que colocou negros, mulheres e travestis no governo como uma tentativa de jogar fumaça nos olhos do povo, cuja finalidade é paralisar o movimento de oposição e ocultar o verdadeiro caráter de sua administração.

Nos Estados Unidos, Joe Biden (Partido Democrata), propagandeado como um “democrata” pela imprensa capitalista e apoiado pela esquerda-pequeno burguesa identitária, já começa as mostrar os dentes. Ele propõe uma política mais agressiva nas relações exteriores contra a China e a Rússia, sanções econômicas contra Mianmar, intensificou os bombardeios na Somália e propõe até mesmo a revisão do acordo firmado entre Trump e O Talibã que previa a retirada das tropas americanas do Afeganistão para 1º de maio. No plano da política interna, o político democrata é diretamente responsável pelo encarceramento  de milhões de negros com a implementação de leis repressivas.

Em relação ao problema da pandemia, Rui Costa Pimenta assinalou a situação catastrófica do país, que já soma mais de 237 mil mortes e 9 milhões de infecções, conforme os dados divulgados pelos órgãos sanitários oficiais. O sistema de saúde, agora em nível nacional, está perto do colapso, o que se traduzirá na falta de leitos de UTIs para atender a população e na escalada de mortes e sequelados. O caso de Manaus é um exemplo do que vai acontecer com o Brasil.

O presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL, sem partido) é um delinquente político e tratou a pandemia de forma criminosa. Contudo, ele não é o único responsável. Os governadores e prefeitos de direita, dos partidos políticos PSDB, MDB, DEM, Progressistas, Republicanos são tão genocidas quanto ele.  A esquerda aponta Bolsonaro como o único responsável pelo genocídio, o que é uma posição equivocada. Todos os golpistas são igualmente criminosos e aplicam a mesma política de Bolsonaro, que se sintetiza na frase: “deixar morrer quem tiver que morrer”.

Conforme apontou Rui Costa Pimenta, o problema Lula é uma questão central na situação política. Mesmo com as revelações sobre os crimes da Lava-Jato, as instituições (Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal) se recusam a anular os processos fraudulentos e restituir os direitos políticos do ex-presidente. A divulgação das mensagens dos procuradores da operação golpista trocadas pelo Telegram revela uma conspiração no interior do poder judiciário para prender Lula, impedi-lo de participar no processo eleitoral e violar todos os seus direitos democráticos processuais. Quando Lula foi preso, o ex-chefe da Lava-Jato em Curitiba, Deltan Dalagnol, afirmou que se tratava de um “presente da CIA”.

É hora de mobilizar pelo desmantelamento total da Lava-Jato e pela restituição dos direitos políticos do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e torna-lo apto a participar nas eleições presidenciais de 2022. Somente a mobilização popular pode virar o jogo na situação política.

A ala direita do PT articula a candidatura de Fernando Haddad, mais uma capitulação. Setores da direita organizam a candidatura de Luciano Huck e Ciro Gomes (PDT). A candidatura de Lula é um instrumento para demarcar os campos em luta e impulsionar a organização dos trabalhadores para se confrontar com os golpistas de 2016 e sua política.

Assista a Análise Política da Semana (13.12.2021):

https://www.youtube.com/watch?v=Lv3ZNPpwyaU

 

 

 

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