Da redação: Após Dallagnol utilizar o processo farsesco da Lava Jato para se auto promover no meio político, agora é a vez de utilizar as igrejas evangélicas para fazer mesmo. Mesmo tendo recusado a proposta de se candidatar ao Senado, feita por vários outros procuradores, Dallagnol não sairá de cena, ele pretende continuar assombrando o Ministério Público Federal. Deltan, que é membro da Igreja Batista do Bacacheri, agora se escora nos “fiéis” para se promover, conforme mensagens da série de vazamentos feitos pelo The Intercept Brasil.
Somente durante a campanha do presidente golpista Jair Bolsonaro, amplamente apoiado pela bancada evangélica, Dallagnol participou de pelo menos 18 reuniões, abertas e fechadas, com igrejas evangélicas. Tudo isso faz parte de seu projeto pessoal, segundo ele mesmo em reflexões aleatórias consigo mesmo pelo Telegram, onde ele afirma que seria “facilmente eleito” – para o Senado – e reflete sobre continuar ou não como procurador ou se candidatar à vaga.
De qualquer forma, é nítido que ele vem tentando se promover para, quem sabe, alcançar uma posição política que lhe permita dar continuidade às operações contra a esquerda e, para isso, ele utilizaria as igrejas evangélicas como base: “Precisaria me dedicar bastante a isso e me programar. Para aumentar a influência, precisaria muito começar uma iniciativa de grupos de ação cidadã. Dois pilares seriam: grupos de ação cidadã em igrejas e viagens. Tem um risco de CNMP, mas é pagável, cabendo fazer uma pesquisa de campanhas públicas (de órgãos) de voto consciente, para me proteger”, afirma Deltan em mensagens para ele mesmo.
Deltan ainda chega ao ápice de achar que poderia ter sido eleito em 2018: “se o procurador tivesse intenções políticas, ele poderia ter disputado as eleições de 2018 e, segundo pesquisas da época, ter sido eleito”, afirmou o procurador via assessoria de imprensa.