A burocracia que domina e mantém o futebol brasileiro em estado quase falimentar acaba de fazer mais uma vítima. O técnico Jorginho, ex-jogador do Flamengo e de ouros clubes, inclusive do exterior, tetracampeão mundial e que vinha dirigindo o Vasco da Gama, foi demitido na noite de segunda-feira, depois de estar a frente do time cruzmaltino por tão somente oito partidas.
A diretoria do clube justificou a demissão de Jorginho alegando “ausência de evolução e resultados positivos”. Depois de se desfazer de quatro das suas principais peças, incluindo aí a grande revelação vascaína da temporada, o atacante Paulinho, negociado com o futebol alemão, o diretor Alexandre Faria fala em “ausência de resultados positivos”. Parece piada, né! Algum torcedor em sã consciência acredita que algum técnico milagroso possa mostrar qualquer resultado, alguma evolução, em apenas oito jogos dirigindo uma equipe, seja ela qual for?
Somente quatro técnicos ainda não foram substituídos desde o início do Brasileirão 2018. Dos vinte clubes que participam e disputam a Série A, dezesseis times já tiveram seu treinador substituído. Vale registrar que a competição ainda se encontra em seu primeiro turno. Certamente que a “dança” dos técnicos ainda terá muitos outros capítulos., pois o “Brasileirão” tem previsão de encerramento somente para o mês de dezembro e até lá, outras cabeças com certeza irão rolar.