O VAR, ou árbitro de vídeo, como ficou mundialmente conhecido, se comprova ser uma verdadeira fraude contra o futebol. Neste aspecto, até mesmo interessadas diretas no espetáculo futebol, como grandes emissoras de TV tem criticado o enorme tempo para se tomar decisões acerca de lances do jogo. A tecnologia que supostamente foi colocada para diminuir os erros da arbitragem de campo, somente os ampliou e atacou no cerne a alegria do torcedor de futebol em poder vibrar pela sua equipe. No brasileirão de 2020, o VAR bateu recordes de paralisações com excesso de intervenções e tempo de jogo parado.
Em levantamento feito pela equipe do jornal esportivo da Globo formada por Bruno Maieski, Caio Carvalho, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti, verificaram que das 380 partidas do torneio, 338 foram paralisadas para algum tipo de verificação pelo VAR, com um total de 962 interrupções de jogo, sendo 824 com escuta do ponto eletrônico e 138 para ida à cabine de vídeo na beira do campo. Um abrupto aumento de 27% nas paralisações de jogo em relação ao campeonato de 2019 que teve 757 interrupções com 611 com escuta do ponto eletrônico e 146 verificações de vídeo.
O tempo consumido pelo VAR no Brasileirão foi de 1240 minutos de paralisação, ou 20 horas e 40 minutos de jogo parado para decisão dos homens da sala de ar condicionado. Em 2019, esse tempo foi de 1.117 minutos ou 18 horas e 37 minutos. A diferença de 123 minutos a mais significa um aumento de 11% no tempo total das partidas.
A imposição do VAR, além de poder servir a interesses escusos, levou o campeonato a ter mais de 200 paralisações. Mas não para por aí, quando verificado o tempo de paralisação após a tomada de decisão da arbitragem, com as reclamações e revoltas dos atletas e equipes técnicas envolvidas, este período é ainda mais elevado. Neste quesito o jogo entre Athletico-PR x Goiás, pela 2ª rodada, que terminou com a vitória por 2×1 dos paranaenses foi o recordista com 7 minutos e 25 segundos de paralisação para revisão de possível cartão vermelho por agressão.
Além de todo atraso causado ao futebol por esta intervenção política, e não tecnológica, o campeonato pode sofrer ainda mais um atraso por culpa do VAR. Isso porque a direção do Clube de Regatas Vasco da Gama, rebaixado no campeonato por questão de um ponto, enviou documentação ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva na última quinta-feira, voltando a cobrar que sejam enviadas para o clube as imagens do pré-jogo de Vasco x Inter. O intuito do clube é ter acesso ao momento da calibragem do VAR, pois em um dos gols da equipe gaúcha o jogador que fez o tento, se encontrava no momento do passe de seu companheiro de equipe a frente do último homem da defesa vascaína, o que configura impedimento no lance. No entanto, o VAR não funcionou e o lance não foi verificado, sendo definido gol para os gaúchos. Além disso, o Vasco coloca em dúvida se o equipamento sequer estava funcionando desde o início da partida.
Caso não tenha sua reclamação atendida com a exigência de nova partida acatada pelo STJD, o clube irá mover uma ação cível contra a CBF e a Hawk-Eye, empresa que opera o VAR no Brasileiro, pedindo uma reparação de R$ 100 milhões.
Assim também ocorreu na rodada decisiva do campeonato, quando o VAR de maneira fraudulenta, mudou a decisão do árbitro de jogo, na partida entre Internacional e Corinthians, com a revogação do acerto do árbitro de campo na marcação do pênalti a favor do Internacional de Porto Alegre em pênalti cometido por Ramiro colocando o braço na bola, dentro da grande área e interrompendo a continuidade do lance.
Além de ter parado jogos por mais de 20 horas e mudado inúmeras decisões acertadas dos árbitros de campo, o VAR manipula resultados e destrói a autenticidade do esporte. Uma das condições para manutenção dessa paixão popular, que é o futebol, é a necessidade do fim do VAR.