O árbitro assistente de vídeo (VAR) foi implantado no futebol brasileiro em 2018, a proposta de utilizar recursos eletrônicos de vídeo teve como fundamento minimizar os erros humanos de arbitragem nos jogos e assim legitimar os resultados. Historicamente os “erros” de arbitragem, bem como os lances duvidosos e resultados dos jogos futebol sempre causaram grandes polêmicas debatidas pelos os torcedores. A utilização do VAR no futebol não resolveu em nada os “problemas” anteriores, muito pelo contrário, promoveu uma insatisfação geral e constante dos clubes, jogadores e torcedores sobre os resultados das partidas.
Em praticamente todas as partidas há reclamação do papel do VAR nos jogos de futebol, além das partidas perderem toda dinâmica que tornou o esporte mais popular do mundo mais chato e menos emocionante devido as interrupções, que atrapalham o desenvolvimento dos jogos com “volta atrás” de jogadas e decisões; não há qualquer transparência nos critérios adotados nas interferências externas e não se sabe a que comando respondem os fiscais de vídeo. A VAR é uma verdadeira caixa preta sem acesso aos interessados.
Nos últimos jogos do maior campeonato nacional do planeta, o Brasileirão, as reclamações são inúmeras, não há qualquer jogo que o VAR não tenha interferido diretamente no resultado dos jogos, inclusive em partidas teoricamente mais fáceis como foi Corinthians e Flamengo. Mesmo num jogo onde a equipe do Flamengo apresentou uma superioridade muito aparente, o VAR conseguiu manchar a vitória da equipe rubro-negra, no maior clássico do país e do mundo, anulando um gol legal do Corinthians.
No último jogo entre os tricolores paulista e gaúcho, São Paulo e Grêmio, também teve muita polêmica por um cartão vermelho não aplicado e um pênalti não marcado. A indignação do clube gaúcho e dos seus torcedores é enorme, ninguém mais quer o VAR nos jogos de futebol. Há uma insatisfação generalizada no futebol contra o VAR que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) insiste em manter nos jogos por determinação da Federação Internacional de Futebol Associação (FIFA).
Nem mesmo quando a Comissão de Arbitragem da CBF reconhece os erros do VAR, como foi o caso do presidente da Leonardo Gaciba sobre o jogo da sétima rodada quando São Paulo teve gol legal anulado contra o Atlético-MG, não há como recorrer. O Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) busca colocar a responsabilidade na própria equipe por conta de prazos e processos burocráticos, ao invés de tratar do real problema que é o emprego do VAR no futebol que deve ser extinto.
É importante resgatar que a decisão tomada pela FIFA em 2016 de implantação do VAR, após alguns jogos pilotos, no maior evento esportivo e cultural do planeta, a Copa do Mundo de Futebol, em 2018, trouxe várias críticas e denúncias. O VAR teria favorecido a conquista do título mundial pela seleção da França, prejudicando diversas equipes como a vice-campeã Croácia e também a maior seleção de futebol do mundo, a brasileira.
Diante de tamanha controvérsia sobre a utilização deste recurso nos jogos de futebol que é o maior esporte de massas do Brasil e mundo, não restam qualquer dúvida de que é preciso seu fim. Os clubes não estão satisfeitos com VAR, os jogadores não estão satisfeitos com VAR e os torcedores não estão satisfeitos com VAR. O futebol não pode ser refém de interesses capitalistas que lucram fortunas com este sistema obscuro de arbitragem por vídeo implantado em todos os países do mundo. É preciso uma ampla campanha dos torcedores, que são aqueles que devem e tem direito decidir sobre as decisões no futebol, para pôr fim ao VAR nos jogos de futebol. Capitalistas tirem as mãos do futebol do povo! Fora VAR inimigo do futebol!