A Agência Nacional do Cinema (Ancine), controlada pela extrema-direita bolsonarista, decidiu por retirar mais de cem quadros e cartazes de filmes nacionais de sua sede na cidade do Rio de Janeiro. Os quadros e cartazes foram levados para um depósito no centro da capital carioca. Além dos quadros e cartazes, uma televisão de 50 polegadas que fazia propaganda dos filmes nacionais na entrada do edifício principal da agência foi desligada.
A retirada de quadros e cartazes de filmes nacionais da sede da Ancine expressa o absurdo da política da extrema-direita bolsonarista, que é declaradamente inimiga da cultura,, da intelectualidade, da crítica e de toda manifestação artística. A Ancine, que foi concebida como um instrumento para fomentar a produção audiovisual nacional, tem sido usada por Jair Bolsonaro para censurar e impedir a manifestação artística. O caso mais recente foi a censura do filme Marighella, onde a Ancine colocou uma série de impedimentos burocráticos para seu lançamento no país.
O fato causou um movimento de protesto dos artistas nas redes sociais, que começaram a publicar os cartazes de filmes brasileiros em que atuaram. A direita bolsonarista demonstra especial hostilidade para com os filmes brasileiros.
O governo Jair Bolsonaro demonstra ser, em todos os âmbitos e também na cultura, um capacho do imperialismo e, em especial, dos Estados Unidos da América e um agente destes na América do Sul. A tentativa de censurar e perseguir os artistas nacionais é expressão disso.