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Reflexos da privatização

Vale: não basta ser investigada, é preciso reestatizá-la

Medidas administrativas e institucionais não são soluções para os trabalhadores

Na última sexta-feira (18), aconteceu mais uma tragédia em Brumadinho. Júlio César de Oliveira Cordeiro operava uma escavadeira quando foi soterrado após o desmoronamento de um talude. A culpada já é uma velha conhecida dos mineiros: a Vale. Júlio era contratado por uma empresa terceirizada.

A Vale, privatizada em 1997 no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), acumula uma série de crimes contra os trabalhadores e o meio ambiente. Em 2019, houve o rompimento da barragem, também em Brumadinho, que matou 270 pessoas. Este é um dos casos de crime da empresa que não investe adequadamente na segurança para sua atividade, menos ainda na proteção dos trabalhadores. Brumadinho não é um caso isolado. Os crimes contra a população e o meio ambiente, perpetrados pela Vale, também atingiram a cidade de Mariana em 2015, para citar mais um exemplo. As multas aplicadas à empresa, diante desses crimes, não passam de alguns tostões. O que deixa bem claro que para a Vale o crime compensa.

Após o acidente, o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG)informou que abrirá um inquérito para investigar as atividades da Vale na região. Novela que já se sabe o final. Além do Ministério Público, a Prefeitura de Brumadinho suspendeu, por decreto, a atuação da mineradora e de suas empresas terceirizadas. Essa suspensão tem um prazo de 7 dias. Uma ação puramente demagógica e que não contribui em nada para a solução do problema. Tais medidas são inócuas e não revelam de fato o que é essencial. A questão central está na privatização da empresa. Com a privatização da Vale, e contratação de empresas terceirizadas, acentuou-se a precarização das condições de segurança dos trabalhadores. O número de mortes de trabalhadores terceirizados no ambiente de trabalho é bastante superior aos funcionários diretamente ligados a empresa, número este que já é bastante alto.

Para os trabalhadores é preciso uma ampla mobilização para lutar pela estatização da Vale. Deixar uma empresa estratégica na mão da burguesia é entregar o ouro aos ladrões. O que aconteceu em Mariana e em Brumadinho ainda acontecerá outras vezes, isso porque não é interesse da burguesia o investimento para garantir a proteção do trabalhador e do meio ambiente. O caso de Brumadinho também é emblemático sobre a ação institucional. Tanto o Ministério Público, quanto os políticos burgueses não tomarão nenhuma atitude minimamente séria para combater os crimes dos capitalistas. No fundamental, essas instituições funcionam para garantir que o poder das grandes corporações continuem funcionando normalmente, elevando a taxa de lucro independente do custo para o trabalhador. Por isso, é papel da esquerda lutar e garantir a mobilização dos trabalhadores contra a terceirização e estatização da Vale.

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