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Política suicida

Usar a fome para a eleição: uma esquerda está perdendo a cabeça

Ao que leva a sanha de ficar a reboque da direita "científica" e "civilizada"

Um setor da esquerda está nitidamente tomado pela histeria e desesperado diante da crise política. Vale tudo para “derrotar o fascismo” – incluindo matar o povo de fome!

O editor da Revista Fórum, Renato Rovai, endossou o posicionamento absurdo de seu par jornalístico, o editor do blog Viomundo, Luiz Carlos Azenha, sobre o auxílio emergencial.

“A esquerda é burra de forçar Bolsonaro a dar auxílio emergencial, que está provado: aumenta a popularidade dele. Prefeitos e gov[ernadores] paguem 100 paus de auxílio local e deixem que o Bolsonaro se arrebente. Expliquem que é o limite do primo pobre!”, postou Azenha no perfil de seu blog no Twitter. Rovai, que tem se destacado por suas posições direitistas, adicionou o seguinte comentário: “Tendo a achar que o Azenha tem razão.”

Essa postura acompanha a política que está sendo levada a cabo pela maioria da esquerda pequeno-burguesa, que é a de ficar a reboque da direita tradicional, que controla a maior parte das prefeituras e governos estaduais. Ao invés de ter uma política independente, ela alimenta sua dependência da direita golpista, aquela mesma direita responsável pelo golpe, pela eleição de Bolsonaro e pelo cenário catastrófico em que o País se encontra.

Não se trata mais de derrubar Bolsonaro. Não. Como a burguesia já deu mostras de que não vai levar adiante os pedidos de impeachment, a esquerda que apenas segue seu amo perdeu as esperanças no Fora Bolsonaro. Tal como a direita já havia proposto, agora seria hora do sangramento de Bolsonaro. O que a esquerda não percebe, no entanto, é que isso não é o sangramento de Bolsonaro, mas sim o sangramento do povo pobre e trabalhador.

Ela propõe a troca de um auxílio emergencial de R$600 por uma merreca vergonhosa de R$100, em algumas localidades do País, apenas para fazer Bolsonaro perder voto. É uma posição abertamente mesquinha, típica da pequena burguesia que não se importa minimamente com o povo, que, neste momento, já passa fome, perde o emprego e não tem onde morar.

Uma posição semelhante à adotada no ano passado, quando da aprovação do auxílio emergencial. Na época, em conluio com o centrão golpista, a esquerda votou no Congresso um auxílio de tenebrosos R$300. Bolsonaro aproveitou a oportunidade para ganhar terreno e, dando um tapa na cara da esquerda, dobrou o valor do auxílio, tomando para si a “concessão” da “benesse” à população. Agora a esquerda repete o mesmo posicionamento irracional.

O medo de uma vitória eleitoral de Bolsonaro em 2022 faz com que a esquerda pequeno-burguesa, sem princípios políticos, corra para o colo da direita golpista e parasitária, incluindo em sua política o programa de fome e miséria dessa mesma direita. É uma política suicida que levará não à perda de popularidade de Bolsonaro, mas sim da própria esquerda. Afinal, é ela quem está defendendo que o povo passe fome, enquanto Bolsonaro poderá se aproveitar disso para manter e ampliar a sua demagogia com a população.

Uma parcela da esquerda está visivelmente perdendo a cabeça.

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