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USAID: saiba o que é essa agência do governo dos EUA que está por trás da “ajuda humanitária” à Venezuela

A cada dia que passa o assédio imperialismo à Venezuela se intensifica e aumenta a pressão sobre o governo chavista de Nicolás Maduro. A ação terrorista dos norte-americanos e de seus lacaios na América Latina, sobretudo o chamado “grupo de Lima”, prejudica a população venezuelana e tenta responsabilizar o governo pela crise econômica artificial criada pelo próprio imperialismo através do boicote econômico e da guerra comercial contra a Venezuela.

Além de incentivar a burguesia venezuelana na sua sabotagem contra a economia nacional, os agentes do imperialismo norte-americano e europeu também organizam e financiam a extrema direita para criar um clima de caos social em nosso país vizinho. Outra carta na manga do imperialismo é uma intervenção militar direita que é encoberta pela farsa da “ajuda humanitária”, de acordo com a qual os maiores inimigos dos povos de todo o mundo (o próprio imperialismo) seriam grandes salvadores preocupados com o bem-estar da população venezuelana.

O capacho dos estados Unidos Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente da Venezuela sem ter recebido sequer um único voto, tem sido o principal articulador da intervenção direta e indireta dos grandes capitalistas no país. Guaidó, que faz demagogia com as necessidades da população e convoca todos os dias o imperialismo para uma invasão de seu próprio país foi treinado durante anos nos EUA e retornou ao país para tentar organizar a oposição de extrema direita com o objetivo de entregar a economia e as riquezas naturais de seu país para os capitalistas estrangeiros, sobretudo o petróleo.

Agora os norte-americanos e a União Europeia, responsáveis por massacres e destruição de vários países recentemente no Oriente Médio, tentam disfarçar seus interesses econômicos sobre o petróleo venezuelano com a desculpa esfarrapada de levar “ajuda humanitária”. Na verdade a ajuda que o imperialismo pretende levar à Venezuela é a ajuda para os bolsos dos grandes capitalistas que querem se apoderar do país para enriquecer ainda mais com o suor do povo e vêm no atual presidente Nicolás Maduro um obstáculo para seus objetivos.

Nesse exato momento a suposta ajuda humanitária do imperialismo estaria sendo levada para a fronteira da Venezuela com a Colômbia (principal colaborador dos norte americanos no continente) e com o Brasil e o golpista Gauidó anunciou que no dia 23 desse mês seria iniciada a operação de “entrega da ajuda humanitária. A operação, que seria realizada sem autorização do governo legítimo do país permitiria a entrada de forças estrangeiras no país, incluindo ai agentes do imperialismo que tem como missão derrubar Maduro. A entrada forçada d no país configuraria na verdade uma invasão da Venezuela por forças estrangeiras encobertas pela Agência USAID, órgão oficial da intervenção da Casa Branca em todo o  mundo.

Vale aqui descrever o que é essa tal USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), que há anos promete levar ajuda humanitária para países pobres, mas que até hoje só levou as Forças Armadas norte-americanas. A USAID é um órgão vinculado ao Departamento de Estado dos EUA e recebe somas monstruosas de dinheiro para intervir em vários países do mundo, tendo sido uma das responsáveis por organizar a derrubada de governos nacionalistas burgueses em todo o mundo. A agência inclusive foi expulsa da Bolívia em 2013 e da Russia em 2012 sob acusações de espionagem e de conspiração.

Os que prometem levar ajuda para a Venezuela são os maiores especialistas em espionagem e sabotagem que atuam à serviço do imperialismo e estiveram presentes na Síria, Ucrânia, Líbia, Paquistão e Colômbia, todos países que passaram por intervenções do imperialismo e hoje se encontram em situação permanente de crise e miséria. A USAID também esteve no Brasil, não por coincidência, durante a organização do Golpe de Estado que derrubou o governo petista em 2016, atuando como tentáculo dos norte-americanos para conspirar contra o governo, mas sua história no país data da época da ditadura militar quando fazia a interlocução entre os generais no poder e Washington.

Neste momento, em que as tensões em torno da Venezuela se acirram, o imperialismo utiliza de todas as suas armas para desestabilizar a economia e o regime político para derrubar Maduro e colocar em seu lugar um marionete dos bancos e capitalistas estrangeiros. No entanto, a resistência oposta pelo chavismo às sucessivas tentativas de golpe e o amplo prestígio e apoio popular de que goza o governo coloca um enorme obstáculo aos objetivos imperialistas. Nesse sentido os capitalistas intensificam ainda mais seus ataques ao nosso país vizinho e inclusive já ameaçam o povo venezuelano com uma guerra aberta.

No caso do Brasil que passou por um Golpe de Estado em 2016 e que agora conta com um governo capacho dos norte-americanos, a situação ganha especial importância, visto que o Brasil é a maior potência regional e seu apoio à guerra imperialista seria de extrema importância para assegurar os interesses dos EUA. Justamente por esse motivo é que nessa segunda-feira, dia 11 de fevereiro, o chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, almirante Craig Faller, iniciou uma visita ao nosso país. O agente do imperialismo foi recebido no Brasil pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e seu principal assunto era justamente a questão da Venezuela.

O Comando Sul dos Estados Unidos é a ferramenta da Casa Branca para intervir na América Latina e vem buscando se articular com todos os países vizinhos da Venezuela para organizar a intervenção contra Maduro. A presença de Craig Faller no Brasil ocorre logo após ele ter visitado a Colômbia, onde também se reuniu com representantes do Estado colombiano com o objetivo de conspirar contra os venezuelanos. Vale ressaltar que Colômbia e Brasil abrigarão centros de coleta que receberão a “ajuda humanitária” solicitada pelo golpista Guaidó. Vale ressaltar também que o governo venezuelano já apreendeu centenas de armas e equipamentos militares enviados ilegalmente ao país a partir de Miami que seriam destinados para a oposição de extrema-direita.

De acordo com o que foi divulgado pelos órgãos oficias brasileiros o golpista norte-americano também se reuniu com autoridades militares brasileiras e outros representantes do governo Bolsonaro, além de ter visitado a sede do Comando de Operações Espaciais, em Brasília. O agente do imperialismo tem visita marcada também na Base de Itaguaí,  onde funciona o centro do programa de desenvolvimento de submarinos da Marinha do Brasil. Essa situação deixa muito evidente o controle total que os norte-americanos desejam exercer sobre o conjunto dos países da América Latina, tanto do ponto de vista militar quanto econômico.

A visita de Craig Faller ocorre ao mesmo tempo em que a advogada María Teresa Belandria, representante oficial do golpista Guaidó chega ao Brasil. A advogada vem se reunindo com autoridades dos governos sul-americanos para angariar apoio à Guaidó e sua tentativa de derrubar o chavismo.

Não há como esconder, o conjunto dos fatos demonstra que o Brasil e a Colômbia vêm se tornando a base das ações de conspiração do imperialismo contra a Venezuela e o governo de Nicolás Maduro, o que se torna ainda mais intenso visto que ambos os países possuem atualmente governos servis a Washington. Ao que tudo indica os norte-americanos pretendem utilizar os países vizinhos da Venezuela como sede de operações sob a desculpa da ajuda humanitária, enquanto orquestram a queda de Maduro e o esmagamento do povo venezuelano.

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