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Ofensiva da direita

Situação eleitoral da Frente Ampla no Uruguai é difícil

Somadas, chapas da direita tiveram mais votos do que Daniel Martínez, representante da Frente Ampla nas eleições.

Domingo (27), enquanto ocorriam eleições na Argentina e o ato pela liberdade de Lula em Curitiba, no Uruguai, os eleitores também iam às urnas para escolher seu próximo presidente. Dessa vez, a Frente Ampla corre um sério risco de sair derrotada, depois de um longo período no governo, desde 2005. O candidato da Frente Ampla, Daniel Martínez, ficou com 39,2% dos votos no primeiro turno, e precisará ir ao segundo turno. Apesar de ter sido o mais votado, ele terá que vencer um candidato, Luis Lacalle Pou, que ficou com 28,6% dos votos e que tem apoio dos outros dois partidos com votações expressivas: o Partido Colorado, que chegou aos 12,3%, e o Cabildo Abierto, que foi aos 10,9%.

Somando-se a votação dos candidatos de direita, os direitistas já estariam à frente de Martínez, que tenta continuar os governos da Frente Ampla, que atualmente tem Tabaré Vázquez na presidência, que por sua vez sucedeu Pepe Mujica, que já foi guerrilheiro e chegou à presidência liderando um dos governos nacionalistas burgueses mais moderados da região.

Embora tenha apresentado algumas políticas que afrontaram os conservadores, no fundamental a Frente Ampla foi extremamente conciliadora e deslocou-se cada vez mais à direita. Toda essa conciliação, no entanto, acabou fortalecendo as posições da direita, que agora está prestes a tomar o governo por meio das próprias eleições, sem que sequer tenha que expor seu caráter golpista.

Referendo

Paralelamente à votação para presidente, os uruguaios votaram em um referendo em que a direita propunha, embora sem o apoio explícito de nenhum candidato, uma reforma constitucional profundamente reacionária. Proposta pelo senador Jorge Larrañaga, do Partido Nacional, o referendo “Viver sem medo” apresentava quatro mudanças na Constituição: formação de uma Guarda Nacional formada por militares para atuarem como policiais; fim da progressão de regime para penas por determinados tipos de crimes; prisão perpétua para determinados tipos de crimes, como homicídio; autorização para operações de busca e apreensão de madrugada.

Essa proposta provocou um grande protesto em Montevidéu na semana passada, com milhares de uruguaios protestando pelas ruas da capital, e acabou derrotada nas urnas no domingo. Para entrarem em vigor, as propostas deveriam ter tido apoio de pelo menos 50% dos votantes.

Direita golpista e neoliberal

Como em toda a América Latina, a direita no Uruguai é golpista e neoliberal, e sequer esperou chegar ao governo para já apresentar a possibilidade de uma intervenção militar, por meio do referendo “Viver sem medo”, uma indicação de que se prepara uma grande repressão contra os trabalhadores no futuro, para impor um programa de ataques às condições de vida de amplos setores da população do país. É preciso, portanto, intensificar a mobilização dos trabalhadores em todos os países para barrar, na marra a ofensiva golpista.

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