Da redação – Na manhã de hoje (13), estudantes organizados pelo Comitê de Luta Contra o Golpe da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foram interrompidos durante uma colagem de cartazes contra a extrema-direita. Os cartazes, assinados pelo próprio comitê, denunciavam o “professor” de Filosofia Rodrigo Jungmann, mais conhecido como “Pinguim da Privataria”.
Em um primeiro cartaz, os estudantes convocam a comunidade acadêmica para lutar contra a extrema-direita. Em outro, o Comitê de Luta Contra o Golpe denuncia os ataques do “Pinguim da Privataria” contra o povo negro: “a PM não é racista; só morrem mais negros do que brancos porque são maioria entre os bandidos”.
Quem interrompeu os estudantes durante a colagem foi um homem identificado como membro da Ouvidoria da UFPE. De maneira arbitrária, ele alegou que estava proibida a colagem de cartazes que “exaltassem os ânimos”. Além de proibir que a atividade continuasse, o representante da Ouvidoria ainda chamou seguranças para intimidar os estudantes.
Mais cedo, a diretoria do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFPE havia proibido os militantes do Partido da Causa Operária (PCO) de vender jornal dentro do prédio. A justificativa dada foi a de que não poderia haver nada que caracterizasse comércio no interior do prédio.
A colagem de cartazes não é responsável por exaltação de ânimo alguma. Quem exaltou os ânimos na UFPE foi a extrema-direita, que ameaçou estudantes e professores e segue impune. O mentor da extrema-direita, que é o “Pinguim da Privataria”, segue livremente incitando os ataques contra os estudantes e já iniciou uma campanha criminosa pela derrubada do reitor da UFPE.
Os estudantes não devem baixar a cabeça para as arbitrariedades da direita. É necessário intensificar a denúncia da extrema-direita e organizar a autodefesa dos estudantes. Afinal, mais uma vez ficou claro qual é o papel dos “seguranças” da universidade: segurar a esquerda para que esta apanhe violentamente sem poder reagir.