Nesta terça-feira, 13 de agosto, a juíza bolsonarista da Vara de Valinhos, Bianca Vasconcelos, determinou o despejo das mil famílias que moram e vivem no Acampamento Marielle Vive, localizado no município de Valinhos, interior de São Paulo.
Segundo a direção do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), a juíza bolsonarista determinou que as famílias devem sair da Fazenda Eldorado Empreendimentos Imobiliários Ltda em 15 dias ou vai ser utilizado os métodos convencionais com utilização da repressão policial e destruição de todos os bens e plantios.
A nota do MST de São Paulo afirma que “o Tribunal de Justiça de SP suspendeu há cerca de 1 ano, a liminar de reintegração de posse da justiça de Valinhos, por entender que não houve comprovação da posse por parte dos supostos proprietários. A suspensão expôs os excessos, vícios e inconsistências da decisão da juíza”. Portanto, a determinação da Juíza bolsonarista vem cheia de arbitrariedades para atacar e intimidar as famílias do MST que vem sofrendo com a violência da direita.
Há menos de um mês, um bolsonarista jogou sua picape em cima dos manifestantes do MST no mesmo acampamento quando realizavam um protesto pacífico e feriu 15 integrantes do MST e levou à morte por assassinato de Luis Ferreira da Costa, de 75 anos, em decorrência do atropelamento.
É mais um ataque da direita e do judiciário golpista contra os trabalhadores sem-terra, o MST e a luta pela terra. Fica evidente a necessidade de reação e uma resposta a altura das famílias sem-terra com o apoio de organizações e partidos de esquerda contra a direita e o governo Bolsonaro.
As famílias precisam lutar para ficar na área e não ceder a pressão da direita e de parlamentares, pois como já vimos em diversos momentos, a luta no parlamento e na justiça só está levando a luta dos trabalhadores para sucessivas derrotas.