Com o projeto apresentado no Congresso Federal por Kim Kataguiri (MBL), abriu-se a discussão no interior do governo golpista pela implementação de mensalidades em todas as universidades publicas. O projeto, coloca que seria necessário cobrar mensalidades nas instituições publicas, acabando assim totalmente com o ensino superior gratuito no Brasil.
O golpe em torno da medida está em que seria necessário, em primeiro momento, que apenas aqueles que “podem” irão pagar estas mensalidades. Acompanhando Kim Kataguiri, Tabata Amaral, a deputada que já tentou se passar por “esquerda” no último período, se lançou no apoio a esta política criminosa, revelando ser nada mais que uma correspondente dos interesses dos banqueiros.
Em meio a esta situação, ao contrário do que afirma Tabata Amaral, os verdadeiros prejudicados não são os setores mais ricos da sociedade, mas sim a classe operária. Quem está nas universidades públicas brasileiras é a classe média e a classe operária, enquanto isso a burguesia estuda no exterior, sobretudo em universidades norte-americanas. Assim, as mensalidades não servem para atingir os filhos da burguesia, mas sim, os setores mais oprimidos da sociedade, que estudam nas universidades publicas.
O ensino universitário brasileiro nesse sentido já é profundamente sucateado. Sem investimento, com diversos cortes universitários, as universidades públicas e seus alunos estão jogados às traças. Com a cobrança das mensalidades, o ensino superior torna-se cada vez mais distante da população pobre e oprimida, além disso, abre as portas para a privatização total das universidades públicas.
Começando pelas mensalidades progressivas, o sucateamento das universidades, prepara a sua privatização e a destruição completa do ensino superior público brasileiro, ou seja, qualquer chance de acesso da classe operária a universidade.
O caso revela a necessidade de se promover uma verdadeira luta contra a tentativa de privatização do ensino e a defesa da universalização do ensino público e gratuito. A medida, além de ferir a constituição que garante o ensino público no Brasil, serve para destruir por completo o ensino como um todo, atacando não só os estudantes como todo povo brasileiro.
Por isso, é preciso defender um programa completo de defesa do ensino e contra os ataques do golpe. É preciso defender que todo ensino seja público e gratuito, que se coloque um fim no vestibular, este filtro que impede grande parte da população pobre e oprimida a poder ter direito a continuar seus estudos. Nesse sentido, é preciso organizar nas escolas e universidades a campanha contra as mensalidades e contra o regime golpista, o avanço desta política será o fim do ensino público brasileiro.