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Mãos de tesoura

Universidades estão zeradas, mas burguesia quer volta às aulas

Entrevista de reitor da UFG mostra o absurdo de querer volta as aulas enquanto o ensino público é destruído

Uma entrevista concedida pelo reitor da UFG (Universidade Federal de Goiás), Edward Madureira, mostra algo que já denunciado neste Diário recorrentemente. O golpe de Estado dado pelo imperialismo no povo brasileiro, retirando a presidente eleita pelo voto e colocando um plano de governo totalmente diferente no lugar, neoliberal, foi para isso mesmo: sucatear tudo que é público, para depois privatizar.

A operação de destruição do ensino público se reflete no atraso na análise da Lei Orçamentária (LOA) de 2021 na Câmara dos Deputados, que vem gerando uma crise financeira nas instituições federais de ensino, que estão em funcionamento com apenas 2,2% dos recursos previstos para o ano.

O corte é muito alto e vem em decorrência do embate entre os grupos que se enfrentarão na eleição interna dos deputados para a presidência da Casa, marcada para o dia 2 de fevereiro. De acordo com o reitor da UFG, ele informou que todas as instituições federais de ensino estão sem verbas para o pagamento de contas, prestadores de serviço, além de bolsas de assistência estudantil — que auxilia a permanência dos alunos de baixa renda nas universidades.

“Não há meio da universidade se manter. O que vem de orçamento a gente paga uma conta ou outra, as mais graves, como o auxílio alimentação da assistência estudantil. Mas, a universidade, de fato, não tem condições de se manter nessa conjuntura”, ressaltou o reitor.

Enquanto esperam a LOA sair do parlamento, os reitores vão trabalhando com as despesas mais urgentes. “Além de o orçamento de 2021 não ter sido aprovado, a fração que foi liberada [para as universidades] incide sobre 40% da proposta orçamentária, uma fração de 1/18. O correto seria liberar 1/12 do total do orçamento”, afirmou Edward Madureira.

Entre os mais afetados pelos cortes estão evidentemente os estudantes, especialmente em relação as bolsas de estudo ofertadas: em 13 modalidades de bolsas oferecidas pela UFG, apenas duas foram pagas no mês de janeiro. Está previsto para 2021 um corte orçamentário no Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) de aproximadamente 18,2%. Na UFG, a redução corresponde a quase R$ 4 milhões.

As bolsas de moradia, alimentação e permanência estão sendo atingidas com o governo federal atacando a universidade disponibilizando apenas 1 milhão dos 3 milhões que seriam necessários para arcar com o total de custos assistencialistas nos próximos 3 meses.

Nesse sentido mostra na prática a que veio o governo de Bolsonaro mãos de tesoura e dos golpistas: cortar tudo, atacar os estudantes, pois enquanto fazem isto, praticam ainda maior crime que é o de incentivar a volta as aulas no meio do genocídio da pandemia do coronavírus, com mais de 200 mil a 300 mil mortos, de acordo com números modestos.

Então ao mesmo tempo que sucateiam o ensino superior público, os governos burgueses fazem campanha pela volta às aulas, não se preocupando com os estudantes que sequer vão ter dinheiro para se manter nas bolsas estudantis, ou se serão infectados pela Covid-19. Um verdadeiro instinto dos capitalistas pelo genocídio da juventude, não é a toa que este é o setor mais avançado politicamente, o que mete muito medo na burguesia, que procura atacar os jovens de diversas formas possíveis, por todos os lados.

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