A 44ª Universidade de Férias do Partido da Causa Operária (PCO) e da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR) chega hoje ao seu terceiro dia de atividades. Tendo como tema central o Programa de Transição da IV Internacional, elaborado pelo revolucionário Leon Trótski, o tradicional curso de formação marxista está reunindo militantes de todo o país para discutir os métodos de luta do movimento operário mundial.
Em sua primeira participação em uma edição da Universidade de Férias, o paulista Matheus Saraiva Leão Andrade destacou as semelhanças entre o comportamento das direções da esquerda na época em que foi escrito o Programa de Transição – isto é, em 1938 – e a política que a esquerda nacional vem levando nos dias de hoje diante do governo Bolsonaro. Segundo Matheus, a maior parte da esquerda, em ambas as épocas, se mostrou portadora de uma política “oportunista, sem reivindicação clara, procurando sempre uma conciliação”. Afinal, de acordo com os dizeres iniciais do próprio Trótski no início do Programa de Transição, as condições objetivas para a revolução socialista estão dadas, o maior entrave para o progresso da humanidade são justamente as direções do movimento operário.
O paranaense Féris Eduardo Carvalho, oriundo da cidade de Paranaguá, que está participando pela segunda vez de uma edição da Universidade de Férias, destacou a importância do tema e a capacidade dos vários professores do curso de discutir com clareza a política revolucionária para os dias de hoje. Todos os professores são membros da direção do Partido da Causa Operária.
Após participar de mais de dez edições da Universidade de Férias, o brasiliense Augusto Rolim Saraiva, radicado na cidade de São Paulo, declarou que o curso era fundamental para entender o momento atual: “é uma oportunidade muito boa para qualquer um aprender sobre o marxismo, sobre o país, em um ambiente muito agradável, com atividades culturais e atividades de lazer, em que todos podem aprender e se divertir ao mesmo tempo”.
O carioca José Márcio Tavares, que também está participando pela segunda vez da Universidade de Férias, elogiou a divisão em grupos feita nesta edição – “a interação fica maior entre os alunos e instrutores” – e qualificou a experiência dos dois primeiros dias de curso como muito “proveitosa”. Tavares também mencionou o contato com os demais participantes do curso: “além do curso, do aprendizado, da teoria, tem também o convívio com os companheiros – o pessoal é muito bacana -, estou gostando muito. Na próxima, eu venho de novo!”.