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Greve total

Unificar e ampliar a greve no estado de São Paulo

É Possível: Intensificar a mobilização com comandos greve, trabalho de agitação nas escolas e bairros, atos de rua e organização de uma greve nacional da Educação

A Corrente Educadores em Luta (militantes e simpatizantes do PCO) está nas ruas e nas escolas contra a volta às aulas sem a imunização geral da população ante a pandemia do Covid 19.

A mobilização da corrente se dá também nas várias assembleias de professores que ocorrem em muitas redes de São Paulo e de todo o país. Assim como também se deu na assembleia convocada pela APEOESP (professores da rede estadual de SP), para realizar um balanço e deliberar sobre a continuidade da greve iniciada no último dia 8,  contra a volta às aulas, imposta pelo governador genocida, João Doria, no momento de evolução da pandemia e com  o Estado tendo média de mais de 200 mortos por dia, com esse índice se mantendo há mais de um mês.

Tal situação já leva a totalização de  mais de 56 mil pessoas falecidas e quase 2 milhões de infectados, de acordo com o números sabidamente fraudulentos, divulgados pelo governo de SP que, como em todo o País, não contabiliza as pessoas mortas com ao menos três sintomas da covid-19, conforme recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A paralisação na rede estadual embora ainda minoritária (estimativa de 15% da categoria) se mostrou um acerto político, ao mobilizar centenas ou milhares de ativistas em todo o Estado para a greve e anunciar o enfrentamento à política criminosa dos governos criminosos de Doria, Covas e outros que se passam por “científicos”, mas estão liderando a mesma política genocida de Jair Bolsonaro e para isso estão investindo pesado para a reabertura das escolas para garantir os interesses dos bancos, de parcela da indústria (que tem seus negócios vinculados a educação), das escolas privadas e outros tubarões capitalistas, preocupados em “socorrer” seus próprios lucros e deixar o povo morrer.

Além da luta na rede Estadual a Corrente Educadores em Luta também intervém impulsionando a luta dos profissionais em educação no Município de São Paulo que no meio da semana anterior decidiram pela entrada na greve contra a volta às aulas. Os trabalhadores da Educação da Capital, depois de pressionarem suas direções, que convocaram apenas uma live de dirigentes sindicais e nesta live compareceram mais de 5200 educadores que – em esmagadora maioria – clamavam pela greve, atenderam a orientação geral dos sindicatos e entraram em greve. A importante luta foi deflagrada até mesmo contra a política reacionária do presidente do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal), ex-vereador da base do governo Doria/Covas, Claudio Fonseca, que diante da convocação de um ato junto à Secretaria Municipal de Educação, um dia após a deflagração da greve, fez campanha a favor da política do genocida Bruno Covas e pediu para que os grevistas ficassem em casa.

No entanto, aos poucos foram crescendo as atividades nas regiões, panfletagens e atos organizados pelos próprios militantes, que – na prática – foram constituindo comandos de greve e que dia após dia vão ganhando corpo. Estas mobilizações iniciadas por militantes, estão agrupando crescentemente cada vez mais professores aos comandos de greve, que indignados com a paralisia geral de setores dirigentes, como Cláudio Fonseca, estão se unindo na prática à Corrente Educadores em Luta e participando de panfletagens, participando nos comandos de greve em discussões com professores que pressionados pela política genocida que procura jogar setores da população contra os professores, estão furando a greve, assim como em colagens com cartazes de nossa campanha pelo fechamento total das escolas.

Com a greve, cresceram também as denúncias de casos de professores e funcionários infectados: já são cerca de 350, em quase 200 escolas públicas.  Até mesmo em escolas particulares, que retornaram às aulas, houve infecções e cerca de quase duas dezenas já suspenderam as aulas presenciais. A maioria das escolas abertas se mantém com a presença reduzida de alunos (entre 5 e 10%) mostrando a rejeição dos pais à política pró – morte do governo. Frente a esta situação, as próprias faculdades particulares adiaram o retorno às aulas, nesta semana, evidenciando que o retorno representa um perigo real.

A mobilização geral dos professores cresce e isso ficou evidenciado até mesmo nas assembleias regionais da última sexta – feira (12), quando ficou evidente a radicalização do ativismo. Nas assembleias online que se deram em todo o Estado, foi perceptível que setores que tinham se oposto ao começo da greve, se colocando na prática a favor das mortes nas escolas, como o PSOL/Resistência não tiveram a coragem de defender o fim da greve e fizeram a manobra de defender o adiamento da próxima assembleia estadual para o dia 17/2, quarta-feira de cinzas, na expectativa de que se criem melhores condições para o enterro da mobilização, o que não foi aprovado por ampla maioria.

Nós de Educadores em Luta, apresentamos em todas as regiões um conjunto de propostas, entre elas a radicalização do movimento, com a decretação da paralisação geral, greve total, para superar a política adotada pela direção de realizar a greve apenas entre os setores convocados para trabalhar presencialmente, o que – obviamente – divide a categoria, e quando é necessário unir forças e agrupar o ativismo para impulsionar a mobilização. Mesmo não sendo aprovada, a proposta obteve mais de 30% na maioria das regiões, com todas as alas da diretoria contra a proposta.

Mostrando a tendência geral de luta, educadores do Rio de Janeiro (Estado e Capital) realizaram assembleias e reafirmaram a decisão de entrar em greve contra o retorno nos próximos dias. Decisão acertadíssima, ainda mais, após o anúncio do direitista Eduardo Paes que a vacinação está suspensa na capital fluminense, o que prova que não há vontade política de imunizar o povo. Há apenas a vontade de levar a frente os planos da burguesia brasileira lacaia do imperialismo que não quer ver suas bilionárias contas bancárias decaírem.

Em todo o País, professores, pais e estudantes (apesar da política reacionária das direções estudantis) em sua maioria percebem os graves riscos que estão sendo colocados e já são inúmeros os protestos contra a medida nazista de reabrir as Escolas. Os professores e a população a cada dia vão verificando, na prática, com escolas sem as mínimas condições de  infra – estrutura que o que está colocado é a luta: Dinheiro x vidas.

Em várias cidades, pressionados, prefeitos recuaram da abertura das Escolas, mas o governador, o prefeito da Capital, Bruno Covas (PSDB) e de muitas outras cidades, querem impor a volta e ainda ameaçam os professores, com desconto dos salários, com aumento do trabalho remoto, mostrando que são tão ou mais ditadores do que Bolsonaro.

Mais do que nunca é preciso a unidade de todas as categorias na luta. Professores Estaduais de São Paulo e municipais da capital paulista deram o ponta – pé inicial na luta, é necessário que demais sindicatos municipais de todo o estado, sigam o exemplo destas categorias, realizem assembleias e que a categoria decrete também a greve contra a volta as aulas presenciais.

Para impulsionar a greve, é decisiva a formação de centenas de outros comandos de greve de base, para conversar com os professores e a população e organizar a mobilização nas ruas, com os devidos cuidados sanitários, necessários neste momento.

Em todas cidades, organizar protestos junto às prefeituras e realizar uma grande Marcha ao Palácio dos Bandeirantes, contra o governo genocida, para exigir o fechamento das Escolas.

Doria ameaça os professores com o corte de ponto, contra estes ataques que costumeiramente são anunciados pela direita, a radicalização da greve com a decretação da paralisação de todo o trabalho remoto é a única saída. Assim como a exigência que o mesmo só volte a ser feito mediante a suspensão total do trabalho presencial e com a devida negociação das condições pelos representantes dos trabalhadores, incluindo fornecimento de equipamentos e internet pelo Estado para todos os professores e estudantes.

É preciso também intensificar a cobrança junto à CNTE, CUT e dos sindicatos das categorias para organizar já uma greve nacional da Educação.

Volta às aulas só com o fim da pandemia e com vacina para todos!

Fora Bolsonaro, Doria/Covas e todos os governos golpistas e assassinos, inimigos da Educação e da população.

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