A luta contra a extrema-direita, contra Bolsonaro, deve ser travada de maneira independente da burguesia e dos partidos de direita. PSDB, PMDB, entre outros partidos de direita, são a linha de frente parlamentar do golpe, seus politicos foram os paus-mandados serviçais do imperialismo que impuseram o impeachment fraudulento de Dilma e que deram sustentação ao governo golpista de Temer.
Nesse momento, esses partidos são a base de sustentação da versão extrema-direita do golpe. Embora haja divergências aqui e acolá entre as diferentes frações que compõem essa base de sustentação, no essencial estão todos imbuídos nos mesmos propósitos: impor a esmagadora maioria da população uma política de fome e miséria e de rapinagem do país em favor do imperialismo, principalmente norte-americano, e ao grande capital nacional a ele associado.
Nesse sentido, a “frente democrática” de Ciro Gomes ou uma frente de “oposição”parlamentar visam única e exclusivamente criar uma aparência de “oposição” institucional, que ao fim e ao cabo tem o propósito de evitar uma luta popular de massas, contra o governo do fascista Bolsonaro facilitando assim o esmagamento dos trabalhadores e suas organizações pelo golpe de Estado.
A esquerda deve repudiar abertamente essas manobras da burguesia e dos seus partidos. Para os trabalhadores não existe meio termo. Será a vitória ou a derrota nas mãos do golpe.
É por isso que só quem pode derrubar Bolsonaro e o golpe é a organização dos trabalhadores em suas entidades de classistas, como a CUT e o MST, e os partidos que querem realmente lutar contra o golpe. Assim, para articular essa luta real, chamamos todas essas entidades e militantes do movimento popular para construirmos juntos com os comitês de luta contra o golpe a 2ª Conferência Nacional Aberta Contra o Golpe e Fascismo, em março próximo, em São Paulo.