A matéria do jornal Último Segundo do IG denuncia o superlotação do Hospital de Campanha do Rio Centro, único que permanece aberto no Rio.
Um comunicado eletrônico enviado pelo hospital ao centro de regulação de vagas da capital e região metropolitana pede para que não sejam mais enviados pacientes graves, uma vez que estavam superlotados apesar das 12 vagas adicionais criadas. Diz ainda que não conseguirão atender nem mesmo os que já estão a caminho. Muitos que são enviados sem a informação de gravidade, chegam e precisam ir para a UTI.
Toda a rede do SUS, UPAs e Centros de Emergência Regionais do Rio estão nessa situação e com aumentos de casos crescentes na semana. Os casos de morte subiram 35% e a fila de espera por UTI cresceu 140%.
Essa situação é também, desesperadora para os funcionários, que não conseguem atender os pacientes, é o panorama de todo o país. Os prefeitos, governadores e o próprio presidente ilegítimo de Bolsonaro, desde o início da pandemia, nada fizeram.
Não compraram respiradores nem máscaras nem álcool gel. Não colocaram à disposição leitos para os atendimentos, não contrataram funcionários em número adequado nem nada. Se limitaram à campanha da imprensa pedindo para as pessoas ficarem em casa, quando precisam ir trabalhar para não morrer de fome e o próprio emprego.
Tanto o governador do Rio quanto o prefeito, fizeram pouco caso do povo, expondo de maneira sórdida ao contato com o vírus mortal. Além dos poucos leitos colocados para atendimento, ainda fecharam muitos deles, sobrando apenas o do Riocentro, que agora está sem condições de atender mais nenhum caso. Justamente quando a liberação geral do confinamento por parte dos governos estadual e municipal, provocou crescimento no número de infecções e mortes.
Em dezembro o prefeito Crivella anunciou que fecharia também o hospital Riocentro, só voltou atrás, provavelmente por causa do comunicado do hospital relatando a tragédia anunciada, mais do que o relato do hospitl foi o fato de concorrer ao segundo turno nas eleições.
Essa é a típica política genocida. Deixam a população morrer sem atendimento, medicamentos e a mínima condição de tratamento. E ainda dão respostas vazias às solicitações dos profissionais de atendimento, quando eles solicitam providências para aumentar a capacidade de atendimento. É como se dissessem: virem-se com o que tem que está muito bom assim.
Enquanto oferecem inúmeros recursos para salvar a economia, o povo morre nas filas de atendimento, sem passar pelos médicos. A salvação para a população só virá com a luta dos próprios moradores reunidos em conselhos populares e saindo às ruas pedindo o fim desses governos fascistas e genocidas. Tem que ir para as ruas e só sair quando a questão for resolvida ao gosto do povo estabelecido no conselho de moradores.