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Unidos pelas crianças...

Unicef: “reabertura das escolas deve ser prioridade”

Órgão da ONU supostamente a favor da infância impulsiona a abertura das escolas no auge da pandemia no Brasil

Instituições internacionais imperialistas como a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a OMS (Organização Mundial de Saúde), que supostamente seriam organizações imparciais, científicas e em favor da população, demonstram seu caráter cínico impulsionando a volta às aulas no Brasil a todo custo. Inclusive se custar um morticínio generalizado.

Na imprensa oficial da UNICEF não é difícil encontrar artigos recheados de demagogia e obviedades, falando sobre como o fechamento das escolas prejudica o desenvolvimento intelectual das crianças, favorece a evasão escolar, compromete a segurança alimentar das crianças mais pobres, dificulta o aprendizado, impede o andamento normal do calendário escolar… até aí não existe novidade. Tudo isso é verdade, de fato.

O interessante é ver essa organização usando desses argumentos para incentivar a volta às aulas a todo custo, colocando em risco não só a vida das crianças mas também dos professores, dos porteiros, pessoal da limpeza, merendeiras, funcionários de lanchonetes e restaurantes, dos motoristas de ônibus e peruas, dos pais, dos vizinhos, dos parentes, e, por fim, de toda população.

A posição da UNICEF é de simplesmente jogar o peso do fracasso total do que a imprensa chama de “combate à pandemia”, que na prática é os governos autorizados a não fazer absolutamente nada para contê-la, nas costas da população desesperada, dos pais que não conseguem nem trabalhar nem educar seus filhos em casa, dos trabalhadores da educação e de todos os setores envolvidos com ela.

Os artigos parecem ser dedicados às escolas particulares mais bem equipadas da camada mais rica das maiores cidades do país, ou das escolas suecas. São soluções muito simples: distanciamento de um metro, lavar as mãos, cartazes informativos sobre os cuidados na pandemia espalhados pelas salas e corredores, janelas abertas permitindo a ventilação dos ambientes, etc. No fim, nem precisaria que as crianças passassem o ano de 2020 inteiro dentro de casa sem a mínima condição de ter uma educação decente, era só abrir as janelas da escola e distribuir álcool em gel.

Mas esse cinismo não é obra do acaso, muito menos burrice da parte desses que chefiam esses órgãos. O motivo é muito simples: os bancos lucram menos quando um país de terceiro mundo de mais de 220 milhões de habitantes não manda suas crianças para serem infectadas pelo COVID-19 nas escolas.

Toda economia envolvida com a educação, que é um dos maiores setores econômicos do país, se encontra cambaleante. Por fim, pequenas empresas quebram, não pegam e nem pagam empréstimos, e os bancos veem seus lucros diminuídos, mas nada que ponha em risco a segurança financeira deles, também por isso a pressão pela volta às aulas.

Não é preciso dizer que, no Brasil, nem o governo federal, chefiado por um fascista, nem os governos estaduais e municipais, chefiados por um leque maior de figuras nefastas, da esquerda à direita fascista, fizeram absolutamente nada para conter a epidemia no Brasil.

Até agora, menos de 2,5% da população foi vacinada. Restaurantes, academias, shoppings e outras superficialidades da economia nacional estão operando praticamente na normalidade. Fábricas, portos, correios, setor de serviços… tudo funciona como se nada estivesse acontecendo. No máximo, alguma medida repressiva demagógica para evitar aglomerações e manter as aparências são tomadas. Um verdadeiro escárnio. Mas aparentemente, um ano sem aulas é demais para os bancos. Está na hora de reabrir as escolas, mesmo que estejamos no pior momento da pandemia até então.

Infelizmente, não são apenas os órgãos imperialistas que tem se dedicado a empurrar a reabertura das escolas goela abaixo da população. Temos que engolir também organizações de esquerda defendendo a volta às aulas com “segurança”. Aparentemente a segurança que esses setores consideram efetiva é a mesma segurança que o imperialismo defende: medidas irrisórias e demagógicas, acrescentado de uma súplica tímida pela vacinação da população.

É preciso se opor frontalmente a essas duas facetas da política burguesa. Não existe volta às aulas com segurança enquanto o povo não estiver devidamente imunizado e a pandemia controlada. O fato de as crianças não estarem frequentando a escola por tanto tempo é um absurdo, é danoso e um grave problema para toda a população. Essa conta é da burguesia e seus representantes, e tem que ser paga imediatamente.

Por isso mesmo é necessário organizar a greve dos estudantes e professores pela não abertura das escolas, denunciar o caráter genocida da política burguesa adotada por todas as esferas governamentais e exigir a vacinação massiva do povo. Só a mobilização popular pode conter o morticínio generalizado que estamos presenciando. Volta às aulas só com a vacina!

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