O golpe de Estado de 2016 tem seus autores muito bem identificados pelo povo. São os golpistas do DEM, do PSDB, do PSL (ex partido de Jair Bolsonaro), além de outros partidos e organizações da direita. Dentre eles está, também, quase a totalidade dos governadores, atuais, dos estados do Brasil. João Doria (SP), Witzel (RJ) e outros golpistas foram fervorosos defensores do golpe que depôs Dilma Rousseff, que determinou a prisão de Lula, às vésperas das eleições de 2018.
Toda essa trupe se organizou para manter o estado da burguesia, no pós-golpe. Para isso, os golpistas contaram com o tradicional apoio do Poder Judiciário, que foi a favor do golpe desde o início, lá atrás com o processo do Mensalão, no qual foi determinada a prisão de líderes do PT, como Genoíno, e José Dirceu, como resultado de um processo abertamente fraudulento, chamado de “Mensalão”.
Neste 1º de Maio, Dia do Trabalhador, foi realizada, pelo Partido dos Trabalhadores, a Central Unificada dos Trabalhadores (CUT), dentre outras organizações de esquerda, uma atividade que teve a presença de representantes desses golpistas acima listados, além do macabro FHC (Fernando Henrique Cardoso), um dos mais históricos inimigos da classe operária.
FHC é responsável pela demissão de milhares de trabalhadores brasileiros, nos idos da venda geral do Brasil, suas empresas e seu patrimônio, como o sistema Telebrás. FHC é sinônimo de desastre, de miséria, de fome. No meio operário é amplamente conhecido como um dos maiores males a ser esmagado pela luta organizada do povo. E, por incrível que pareça, foi convidado para fazer uma “live” no Dia do Trabalhador.
Querem fazer parecer que existe uma “união pela democracia”. Ou seja, que existe uma união com os outrora golpistas para que Jair Bolsonaro seja derrotado. Uma mentira total. Essa gangue que foi chamada para o 1º de Maio, como Ciro Gomes, foi favorável ao golpe de Estado que deixou Lula mais de 500 dias preso. Golpe que abriu as portas para o fim dos direitos trabalhistas no Brasil. Sendo que, antes de Bolsonaro, FHC era o pai de todo o mal que povo brasileiro sofre.
Esse não é o entendimento de grande parte da militância dentro e fora do PT, e de outros partidos políticos da esquerda. Está claro que se está formando um bloco de oportunistas, que só conseguem enxergar as eleições como processo de mudança social, e que, para conseguir um cargo, pode-se fazer qualquer negócio, inclusive uma “união” com os piores carrascos que o povo brasileiro já conheceu.
A verdade é que o trabalhador não acertou suas contas com FHC, por exemplo. Bolsonaro, por sua vez, como bom aluno de FHC, colocou o povo para morrer com o coronavírus, para se debater em torno da miséria de R$ 600,00, que, na verdade, vão encher a pança de quem pode conseguir o benefício; não vai salvar a vida do pobre. Os dois vão pagar caro pelo que estão fazendo com o povo trabalhador.
Essa “frente democrática”, “união por democracia” é uma farsa total e precisa ser denunciada como tal. O desastre causado por FHC é parte do plano geral da direita racista brasileira. Plano que seguiu com o golpe de Estado, com Jair Bolsonaro.
É absolutamente criminosa a política de “união” com os algozes do povo, quando, na verdade, é preciso derrubar Bolsonaro, com o povo na rua, em uma luta que, necessariamente, precisa colocar os “pingos nos is” com todos os golpistas, como FHC, Ciro Gomes, e os atuais governadores golpistas, que estão dispostos a deixar o povo morrer em troca da manutenção da boa-vida dos capitalistas.