Bolsonaro continua dando demonstrações de fascismo e desrespeito com a vida das mulheres, a última ocorreu no último sábado (18), onde na rampa do planalto, o fascista se encontrou com “ativistas” anti-aborto. Além da escolha de um ministro da saúde que é totalmente contra o direito essencial das mulheres, o golpista sempre que possível faz o desserviço de fazer propaganda conservadora e fascista, mostrando que tanto ele, quanto governo e seus apoiadores não tem nenhum respeito e não valorizam a vida das mulheres. O aborto além de direito, é também uma questão de saúde pública, por causa da sua criminalização, muitas mulheres recorrem a procedimentos inseguros que muitas vezes colocam as suas vidas em risco.
Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados em 2018, os abortos ilegais realizados levam em média a hospitalização de 250 mil mulheres por ano, além de 15 mil casos em que há complicações e 5 mil em que os casos de internações são muito graves. Além disso, estima-se que 1 milhão de abortos são realizados todos os anos, e uma mulher morre a cada dois dias em decorrência de complicações do procedimento realizado de forma insegura e sem a orientação de um profissional capacitado para tal, mas sabemos que todos estes números podem ser ainda maiores. Enquanto o conservadorismo e o fascismo do governo ignora estes dados, várias e várias mulheres estão perdendo suas vidas porque o Estado não garante seu direito para todas as mulheres de forma segura. Sabemos que o aborto é uma questão que atinge todas as classes, mas a mortalidade é consequentemente muito maior entre as mulheres trabalhadoras e mais pobres, pois não podem contar com clínicas e médicos particulares para realizarem o aborto, fazendo-o na maioria das ocasiões de forma precária, sem higiene, medicamentos e materiais adequados, levando a complicações severas e até mesmo a morte.
Os grupos anti-aborto assim como o governo fascista se dizem pró vida mas tudo não passa de hipocrisia conservadora, pois ao inflamarem o discurso de que o aborto é um assassinato ignoram totalmente a vida de todas as mulheres que morrem todos os dias assassinadas pelo Estado conservador burguês que não garante que sua liberdade, vontade e vida sejam preservados e garantidos com procedimentos seguros, além de todas as questões econômicas e sociais que são ignoradas logo após o nascimento do feto, pois o Estado não dá a mínima condição de vida para crianças e mães mais pobres, apenas se apossam de um discurso carregado de conservadorismo para atacar os direitos das mulheres.
O direito das mulheres ao aborto seguro não é possível dentro do Estado burguês, que se mostra cada vez mais conservador e fascista, ele só será possível com a destruição deste Estado e que o mesmo seja substituído pelo Estado proletário, que garante seus direitos e igualdade dentro da sociedade, por isso a luta da mulher trabalhadora por seus direitos é também por uma mudança social. Por isso, a pauta da luta feminina na questão do aborto está na defesa da estatização de todo o serviço de saúde, e que o aborto possa ser realizado em clínicas públicas, que deem todo o suporte médico e psicológico para que o procedimento seja feito com segurança e a vida da mulher não corra perigo. A luta das mulheres para conquistar seus direitos e emancipação na sociedade é também uma luta com os trabalhadores para a construção do Estado proletário, e isso começa pela derrubada do governo fascista e na luta pelo Fora Bolsonaro.