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Crise mundial

União Europeia perdeu 31% de negócios no setor cultural

Se o cancelamento do prestigioso festival inglês de Glanstonbury mostra que a situação é extremamente preocupante para os imperialistas, imagina para o Brasil.

Um dos setores mais afetados pela pandemia do coronavírus foi o da cultura, isto pode ser refletido pelo impacto econômico nos próprios países imperialistas, como mostram dados da União Europeia de que este setor perdeu 31% do seu volume de negócios no período da crise sanitária mundial, resultando na paralisação e fechamento das atividades de lazer e arte, como cinemas, teatros, festivais culturais como o prestigioso festival inglês de Glanstonbury mostram que a situação é extremamente preocupante, se imaginarmos em comparação inclusive com o próprio Brasil, em situação muito mais calamitosa nesse aspecto.

No relatório da rede internacional da auditora EY, o mercado de exportações de bens culturais na União Europeia representou mais de 28,1 bilhões de euros (34 bilhões atualmente), com o setor sendo considerando ”não essencial” durante o período da pandemia, com as Indústrias Culturais e Criativas (ICC) sendo responsáveis por uma receita estimada de 643 bilhões de euros (781 bilhões de dólares) e um valor agregado gerado de 253 bilhões de euros (307 bilhões de dólares) em 2019, as ICC representavam então 4,4% do PIB da UE em termos de volume de negócios”. Ou seja, uma “contribuição econômica superior à das telecomunicações, da alta tecnologia, indústria farmacêutica e da indústria do automóvel” segundo os cálculos.

Jean-Noël Tronc, presidente do GESAC (Agrupamento Europeu de Sociedades de Autores e Compositores), que realizou o estudo, disse à AFP temer para 2021 um “annus horribilis bis”. O cancelamento do prestigioso festival inglês de Glastonbury “é um primeiro sinal extremamente preocupante, com um risco de efeito dominó porque este festival permite articular as turnês europeias de artistas internacionais. Muitos atores culturais não se levantarão após um segundo ano em branco”, alertou. Tronc vai liderar uma delegação que planeja se reunir com comissários europeus para exigir que “se envolvam em uma estratégia de desconfinamento em nível cultural dentro da União”.

Enquanto isso, no Brasil, a situação da cultura no país que sofreu o golpe de estado em 2016 para acabar com ”a mamata” da Lei Rouanet e hoje se vê na farra do leite condensado e do chocolate, atravessa uma situação ainda pior: segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas e Sebrae, divulgado em julho de 2020, o setor cultural teve perda de 90% de renda, numa pesquisa feita com 546 empresas, em todas as regiões do Brasil e, desse total, 88,6% tiveram queda de faturamento desde o início da chamada ”quarentena”. Já 63,4% revelaram a dificuldade em continuar com as atividades no período de pandemia. E 4 em cada 10 convivem com dívidas ou empréstimos.

Sem dúvidas, estamos diante de uma crise mundial neste setor tão importante que é a expressão das dores da alma dos seres humanos, em um sistema econômico que esmaga a humanidade, não poderia causar outra coisa senão muitos retrocessos, resultando em centenas de trabalhadores desempregados, enquanto os capitalistas vão se aproveitar o desespero e o exército de reserva pronto para assumir as vagas, transferindo as rendas conquistadas pelo povo artista para os grandes empresários sanguessugas, nacionais ou estrangeiros, fazendo parte de uma política internacional imperialista.

É preciso que fique claro que a situação tende a se gravar até a derrubada do atual regime, pois o capitalismo é completamente incompatível com o desenvolvimento da arte e da cultura, com forma mais acabada disso o ódio com que governos de direita como Bolsonaro ou Dória atacam os trabalhadores, cuja grande maioria foram jogados na informalidade durante o período do último ano como eletricistas, iluminadores, maquiadores, operadores de som, operários da limpeza etc, por falta de trabalho.

Finalmente, medidas como o auxilio do governo federal batizado de Aldir Blanc para fazer demagogia com o artista falecido, pelo valor de 3 mil reais, nunca atingiram com totalidade os trabalhadores do ramo, por esse mesmo motivo, enquanto foi feito um grande trabalho midiático em torno do benefício, semelhante a tudo que a imprensa burguesa está fazendo hoje em relação a vacina, então no fim das contas é só mais um meio de conter a revolta da população, que tende a um grande levante popular nas ruas, derrubando os governos golpistas e impondo um governo dos trabalhadores, por Fora Bolsonaro, Fora Doria, Lula Presidente e a derrota do golpe iniciado em 2016.

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