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União cívico-militar: exército e milícias populares devem defender a fronteira da Venezuela contra a invasão!

Na história moderna existem muitos exemplos de derrotas do imperialismo norte-americano debitadas à resistência popular ante suas investidas. O exemplo clássico é o Vietnã (em concerto com o Laos e o Camboja, seus vizinhos na Indochina) cuja população organizada numa milícia (chamada Vietcongue) em conjunto com o exército infligiu a maior derrota militar sofrida pelos Estados Unidos. Recentemente a população da Turquia saiu às ruas durante a noite e abortou um golpe de Estado patrocinado pelos Estados Unidos e executado por um setor do exército turco. Na Síria a disciplina e a consciência política das forças armadas somadas à de seu povo foi um dos fatores decisivos para que a tentativa de ocupação e destruição total daquele país fosse frustrada.

Neste momento em que a Venezuela acha-se sob ameaça de uma agressão militar um componente da Revolução Bolivariana ignorado pelos meios de comunicação em geral tem sido o que se denomina “união cívico-militar”. Esta tem sido um fator chave que tem impedido que as forças reacionárias internas assaltassem o poder como vêm tentando desde a ascensão de Hugo Chávez ao poder em 1999. A coesão dela resultante tem proporcionado ao povo venezuelano a capacidade de resistir às dificuldades a que o bloqueio econômico imposto pelo imperialismo tem sujeitado o país.

Segundo o professor e jornalista espanhol Ignacio Ramonet Miguez no livro “Hugo Chávez: Minha primeira vida. Conversas com Ignacio Ramonet”, editado pela Vintage Español em Nova Iorque em 2013, o líder venezuelano definiu a união cívico-militar da seguinte forma:

O Comandante Chávez entendeu a aliança cívico-militar no pensamento político do líder venezuelano Fabricio Ojeda, intelectual, guerrilheiro e mártir que em seu livro A Guerra Popular, de 1966, declarou:

‘A base antifeudal e anti-imperialista do nosso processo revolucionário representa uma espécie de alianças que está acima da origem do credo político, concepção filosófica, das crenças religiosas, da situação econômica ou profissional e da filiação partidária dos venezuelanos. O inimigo comum, sua força e poder, demandam uma luta unitária para vencê-lo…. Estão propensas a lutar pela libertação nacional as seguintes forças: os operários e camponeses, a pequena burguesia, estudantes, intelectuais, profissionais, a maioria dos oficiais, suboficiais e soldados das forças armadas de ar, mar e terra.’

Criada em 2008 por Hugo Chávez a Milícia Nacional Bolivariana da Venezuela a despeito do seu caráter militar é uma força autônoma e auxiliar das forças armadas e reporta-se diretamente ao Presidente, ao Ministro da Defesa e ao Comando Estratégico Operacional. O Comando-Geral da Milícia Nacional é organizado com base em nove agrupamentos reserva, presentes em todo o território nacional, dúzias de “grupos de resistência” (agrupados em torno de trabalhadores contingentes de estado e de empresas do setor privado e de instituições nacionais em todos os níveis), e até mesmo uma recém-criada guarda nacional de brigada e, no futuro, unidades de aviação. Em dezembro o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que a milícia já conta com 1 milhão e 600 mil membros que estão prontos para defender o país de possíveis agressões externas por parte dos Estados Unidos, Colômbia ou Brasil.

Uma agressão militar se ocorrer, forçosamente terá que vir dos Estados Unidos uma vez que os governos títeres da Colômbia e do Brasil não têm capacidade para sustentar uma guerra. As fotos de grandes multidões armadas nas ruas das cidades e na fronteira com a Colômbia, um forte sinal de que o povo venezuelano está com disposição para resistir a um possível ataque, deve estar fazendo com que Tio Sam pelo menos pense duas vezes antes de se lançar nesta nova aventura.

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