Nesta quinta (1º) o ministro golpista Edson Facchin negou habeas corpus ao ex-presidente Lula, que por meio da sua defesa pedia a paralisação do processo farsa do triplex do Guarujá.
Por outro lado, a juíza golpista Gabriela Hardt, que substituiu Moro na 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, reconheceu a legalidade de 23 palestras do ex-presidente que , entre outros empresas que promoveram, tem empreiteiras investigadas na Lava Jato. Em sentença no último dia 24, a Lava Jato também reconheceu “ausência de prova suficiente” de crime em relação ao ex-presidente.
“Não houve comprovação de que os valores bloqueados possuem origem ilícita. Deve-se presumir sua licitude”, disse Hardt no despacho.
Esta situação de ataques e recuos do Judiciário expressa a posição da burguesia diante de Lula, num momento em que o ex-presidente aparece como opositor natural do regime golpista e que a inclinação da população pelo seu retorno à presidência da república cria uma situação de crise profunda do golpe de Estado de 2016 e da fraude eleitoral de 2018.
Desde que Lula em seu discurso histórico, em 7 de setembro, deixou claro sua disposição para ser o candidato em 2022, na defesa dos trabalhadores e do povo pobre, a burguesia e a direita responderam a iniciativa com diversos ataques contra os advogados de Lula e contra o próprio ex-presidente. As decisões de Edson Facchin e de Gabriela Hardt, portanto, são faces de uma mesma moeda da burguesia: iludir os trabalhadores de que a solução para Lula está no Judiciário. Não poderia ser mais mentirosa e nociva essa campanha da burguesia.
Isso reforça o que este Diário e o Partido da Causa Operária tem alertado sistematicamente, de que o ex-presidente Lula só será candidato caso um mobilização popular massiva imponha derrotas ao Judiciário e ao regime golpista e anule a Lava Jato e todos os processos contra ex-presidente, garantindo o restabelecimento dos seus direitos políticos e a sua candidatura.
Por isso, é precisa ter claro e combater o discurso de que “Lula não pode ser candidato”. Lula tem o direito de ser candidato! Se o Judiciário golpista é quem nega esse direito, do povo e de Lula, é o Judiciário que deve ser combatido, não a candidatura de Lula que deve ser contornada. É precisa ter claro que a burguesia faz isso justamente para empurrar a esquerda e o povo para a substituição de Lula, como ocorreu em 2018, que resultou na fraude eleitoral que elegeu Bolsonaro.
A anulação dos processos-farsa contra Lula não está para 2022, mas é um tarefa imediata e que só pode se transformar em realidade com a mobilização popular.