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Frente ampla contra Lula

Uma frente para sacramentar a fraude eleitoral de 2022

A frente ampla quer perder as eleições em 2022, e para isso, garantir a fraude eleitoral e levar os trabalhadores a apoiarem seus principais carrascos.

Para derrotar o fascismo, a esquerda se abstém de reivindicar um programa próprio, sério para lutar não só contra Bolsonaro, mas contra os verdadeiros inimigos do povo: a burguesia golpista e o imperialismo. Fracassada, segue sem rumo, e dessa forma se ajoelha perante a direita, ao implorar para que ela, representante dos fascistas, acabe com o fascismo. Nessa condição, está anunciada a fraude eleitoral nas eleições de 2022, que promete impedir que o candidato mais importante, Lula, participe, para assim glorificar e legitimar qualquer comadre de Bolsonaro, o preferido pela burguesia.

A esquerda pequeno burguesa segue a jogar fora toda a história de luta social, todas as revoluções e os teóricos revolucionários. Para ela, que não possui grandes objetivos para além do carreirismo, é mais fácil conservar-se na simples política do “mal menor”, na qual a classe trabalhadora não tem opção a não ser escolher quem será o responsável por esmagá-la a mando da burguesia. Esse método, uma das principais artimanhas da frente ampla, tem o único objetivo de destruir a esquerda e suas organizações, centralizadas hoje no PT, e levar os trabalhadores a apoiarem seus principais carrascos. 

Entre Bolsonaro, que não tem vergonha de proferir a política fascista na caradura, e os elegantes “científicos”, como Dória e Paes, mais vale aliar-se à direita tradicional, a mesma responsável pelo golpe de estado e pela fraude nas eleições de 2018. Nessa lógica, para derrubar Bolsonaro precisamos apoiar quem o colocou no poder. Por outro lado, Bolsonaro fala muito, mas apenas continua com a política de terra arrasada e destruição permanente do imperialismo, na medida em que a burguesia o permite. Trocá-lo por outro direitista mais perfumado, e ainda mais íntimo com a classe dominante não acarretará em nenhuma melhoria para a classe trabalhadora, pelo contrário, a situação deve piorar.

Mesmo assim, a esquerda cometeu o erro fatal de formar uma frente única com esses governadores golpistas e assassinos para supostamente combater Bolsonaro durante o coronavírus. Isso ficou evidente nas eleições municipais, onde a esquerda abandonou sua campanha e apoiou diversos setores da direita golpista. Como disse Covas ao se reeleger a prefeitura de São Paulo: “O negacionismo está com seus dias contados”.

Tal “vitória” contra o bolsonarismo negacionista, tão aclamada pela esquerda, teve como vencedores o PSDB e o DEM. Capaz de qualquer negócio para “combater Bolsonaro”, fica clara a falta de perspectiva da esquerda pequeno burguesa, bem como a consequência final da frente ampla contra Bolsonaro: fortalecer os setores da burguesia que deram o golpe e colocaram ele lá.

Afinal, a frente ampla nada mais é do que uma arma para colocar a esquerda à reboque da direita. Seja com o engate de Ciro Gomes, Boulos, Huck, ou qualquer outra isca com aparência democrática, são todos candidatos para a derrota. Nenhum tem a mínima chance de derrotar o escolhido da burguesia nas eleições, inclusive, caso esse seja o próprio Bolsonaro. 

Sua serventia, no entanto, é extremamente eficaz para confundir a classe trabalhadora e obscurecer qualquer propósito de sua luta. Dessa forma, a frente ampla mostra sua verdadeira face: não tem como objetivo derrotar Bolsonaro, mas sim derrotar o PT. Tudo isso aponta para o seu objetivo fundamental, que é impedir a luta pela restituição dos direitos políticos de Lula para que ele seja o candidato da esquerda em 2022.

A burguesia, mesmo em crise, controla o Bolsonaro, o centrão, e todo regime em geral, e com o apoio de esquerda, fundamental para a continuidade de seu poder, só permitirá aqueles candidatos de esquerda que irão perder as eleições. No caso, as eleições de 2022 já estão sendo fraudadas, o candidato mais popular, que teria ganhado as eleições em 2018 ainda não tem seus direitos políticos e está impedido de participar por medidas fraudulentas. O PT, ligado diretamente ao movimento de massas da classe trabalhadora, que ganhou 4 eleições e que ganharia a quinta, tomou um golpe de estado, e agora, a esquerda pequeno burguesa pavimenta o caminho para a continuação desse golpe, com a preparação de um novo em 2022.

Mesmo com suas intenções puramente eleitorais, ela capitula completamente diante da destruição da democracia eleitoral. Vale lembrar que Bolsonaro foi um recurso de emergência da burguesia, e até hoje, mesmo já estando absolutamente claro que os processos contra Lula foram direcionados apenas para impedi-lo de participar das eleições, e até hoje, tal esquerda se recusa a lutar contra o golpe.

De nada adianta falar que Lula é um grande símbolo da luta social, ou que ele deve ter uma voz ativa dentro da esquerda. Sem ele como candidato, a eleição será uma farsa, e sem qualquer luta contra a fraude, seu sentido será completo; sacramentar o candidato da direita golpista.

Resta agora, para toda a esquerda nacional, se unir em torno de um programa concreto e independente. Caso opte por continuar sendo um apêndice da direita, seguindo rigidamente seu programa, como foi em 2018, com o Fora Bolsonaro, durante a pandemia, nas lutas contras as atrocidades do STF e da Câmara, será não só fracassada, mas será estrangulada pela sua própria política suicida.

O PCO, Partido da Causa Operária, já vem em uma intensa campanha para desmascarar esse processo, e chama todos para travarem uma luta para muito além das eleições, para derrubar o bloco dos científicos e negacionistas, convoca o povo para se levantar urgentemente contra a fraude eleitoral.

É preciso travar uma luta concreta e real contra o golpe de estado e a ditadura que vem se formando no Brasil, que não é obra do Bolsonaro em si mas do conjunto de toda burguesia, apoiada pela esquerda frenteamplista. Essa, por sua vez, precisa ser denunciada, bem como todas as figuras que trabalham ativamente em sua função, como Boulos, Manuela, Ciro Gomes, Freixo, Flávio Dino, entre outros.

Lute com o PCO e os Comitês de Luta para sair às ruas e lutar por uma esquerda independente da burguesia, para não só derrubar um mero espantalho como Bolsonaro, mas para reivindicar todas as necessidades dos trabalhadores, e acabar com a fraude eleitoral de 2022, e assim, garantir Lula candidato, e Lula presidente, como também, um governo de trabalhadores.

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