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Correios

Uma combativa greve que esbarrou em sindicalistas pelegos

PSTU/Conlutas busca ocultar a traição dos pelegos do PCdoB à greve e a capitulação da diretoria da Fentect, por eles integrada

Em matéria publicada em suas página na internet o PSTU e sua “central” sindical, a CSP/Conlutas, apresenta um balanço de greve dos trabalhadores dos Correios encerrada na semana passada sob o extenso título “Heroica greve dos Correios é duramente atacada pelo TST e STF, ambos a serviço de Bolsonaro“.

O balanço feito por um dos setores da direção do movimento sindical dos Correios, que integra a diretoria da Fentect junto com os outros setores do chamado bando dos quatro (como PT e LPS) os quais atuaram antes, durante e depois da greve em unidade, entre si, e com o setor mais pelego do movimento sindical dos correios, as diretorias dos sindicatos dos trabalhadores dos Correios de São Paulo e do Rio de Janeiro, ligados ao PCdoB, os quais junto com o MDB e outros setores patronais, racharam a federação nacional da categoria e criaram um “federação fantasma” (sem legalidade e sem legitimidade) para defender seus próprios interesses, contra os interesses da categoria.

Apesar de ser parte integrante da direção do movimento, o PSTU/Conlutas analise a situação como se ele mesmo e o conjunto dos “líderes” da greve não tivesse nenhuma responsabilidade real sobre os resultados do movimento.

Para embelezar o que foi um das piores derrotas de décadas de luta da categoria, com a perda de mais de 50% das cláusulas do último acordo salarial e com a redução de – pelo menos – 40% dos vencimentos dos cerca de 100 mil trabalhadores diretos da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), os “analistas” do PSTU adjetivam a greve como “heróica” e buscam responsabilizar, exclusivamente o governo, a direção da ECT e o judiciário, totalmente controlados pelos golpistas, por cumprirem com seu papel: atacar os trabalhadores e defender os interesses dos privatizadores sanguessugas que querem se apoderar desse patrimônio.

O principal dirigente do PSTU na categoria, Geraldinho Rodrigues, integrante da executiva da Fentect (secretário de Finanças) e membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, enfatizou na matéria que

Esse julgamento mostrou que não podemos ter nenhuma confiança na Justiça, e que só a nossa luta pode arrancar conquistas para a nossa categoria. A greve se mostrou forte, com muita disposição dos trabalhadores dos Correios, que estão com direitos históricos ameaçados

Além de “chover no molhado”, sobre “não podermos ter nenhuma confiança no judiciário”, quando a diretoria da Fentect e da findect não fizeram nada para enfrentar a decisão do judiciário, desmarcaram a greve em – pelo menos cinco oportunidades – e acataram como cordeirinhos a decisão do TST, o sindicalista não explica por que tais decisões absurdas, contrárias aos interesses da categoria e diante de uma greve “heróica”, não foram confrontadas por esses dirigentes.

Matreiramente, a matéria informa ainda no dia 22, que

“A Fentect defende a manutenção da greve, cujo posicionamento será remetido em assembleias da categoria. Em sindicatos ligados a outra federação (Findect-CTB), que abarca as bases de São Paulo e Rio de Janeiro, ainda na segunda-feira (21), com votações apertadas, o retorno ao trabalho acabou passando. Essa postura explicitou a continuidade de uma conduta de enfraquecimento permanente da greve, já que esta federação não fortaleceu as ações e atividades do movimento. Nesta terça-feira (22), ocorrem as assembleias no restante do país. Diante do quadro atual, a Fentect será obrigada a orientar pelo recuo da greve e retorno aos postos de trabalho a partir das 22h”.

Nada poderia ser mais falso.

O ato de Brasília foi defendido e efetivados pela disposição dos trabalhadores nas bases e por um grupo reduzido de sindicatos (nove de um total de 31) que propuseram à inerte diretoria da Fentect uma mobilização nacional, o que acabou reunindo na Capital Federal mais de 3 mil trabalhadores.

Ainda em Brasília, quando era evidente qual seria a decisões do TST, a corrente Ecetistas em Luta, tendo à frente o companheiro Edson Dorta, da base de Campinas (que havia proposto ao ato junto com os Sindicatos) defendeu que se mantivesse a mobilização na capital com a ocupação do prédio dos Correios,, trata-se de radicalizar a mobilização contra o golpe do TST e d governo.

Para evitar uma ação mais combativa, a diretoria da Fentect emitiu um comunicado, defendendo a continuidade da greve, e orientou que todos voltassem ao seus estados para garantir a greve. Quando todos sabiam que as fraudulentas assembleias de SP e RJ, que – como desde antes da greve.- eram realizadas de forma virtual, para evitar a participação e deliberação do ativismo d categoria, iriam ser fraudadas (como comprovadamente foram) e apresentar como resultado a decisão de aceitar a proposta do governo e do TST de esmagar os trabalhadores.

O PSTU/Conlutas evitar qualquer critica aos pelegos da findect e à capitulação da direção da Fentect porque são os principais defensores dessa política reacionária contra os trabalhadores.

Para manter sua política de “unidade” com os sindicalistas pelegos e traidores, outro sindicalista do PSTU, Atnágoras Lopes, também membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas critica a

“lógica capitalista. Como foi visto, as instituições do Estado capitalista se desmascaram quanto ao seu caráter burguês de classe, quanto maior é a crise do sistema”.

E daí, partem para considerações mudas diante das brutais perdas da categoria e exaltam a “força do movimento”, buscando ocultar que as direções do movimento atuaram para quebrar essa força, apostando em um beco sem saída que era evitar a radicalização da greve, não denunciar a sabotagem da mobilização pelo pelegos e, finalmente, acatar a decisão do TST.

É preciso desmascarar essa política de encobrimento, para superar as direções atuais, nas próximas lutas.

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