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Repressão policial

Um terço das mortes violentas é causado pela polícia em São Paulo

Levantamento do Instituto Sou da Paz indica que, proporcionalmente, o número de mortes por policiais, civis ou militares, é o maior desde 2010

Dados levantados pelo Instituto Sou da Paz, e divulgados pelo UOL, mostram que a letalidade policial encontra-se em franca ascensão. Das 581 mortes violentas registradas entre janeiro de junho de 2019 na cidade de São Paulo, 197 foram causadas por policiais civis ou militares, ou seja, de cada três mortes violentas ocorridas na capital, uma tem como autor um policial. Em termos proporcionais, esses dados representam o maior número de mortos por policiais na capital paulista desde 2010.

Os números crescentes e alarmantes, aliás, não se limitam à cidade de S. Paulo. Em todo o estado, incluindo a capital, foram registradas 2.037 mortes violentas, que incluem homicídios dolosos (com intenção de matar), latrocínios (roubos seguidos de morte), lesão corporal seguida de morte e mortos pelas polícias Civil e Militar. Desse total, os policiais foram responsáveis direitos por 432 mortes, o que significa que foram os autores de cerca de um quinto das mortes violentas do estado, uma proporção também bastante elevada.

Os órgãos policiais do Estado burguês, historicamente, atuam como eficazes máquinas de matar e reprimir as amplas massas pobres e negras da população. São compostos por verdadeiros assassinos profissionais, verdadeiros carniceiros da população explorada do país, os quais formam um dos pilares fundamentais da dominação das classes dominantes sobre o restante da sociedade.

A subida da direita e da extrema-direita ao poder no Brasil, como resultado do Golpe de Estado que encerrou o ciclo petista iniciado em 2002, acentuou exponencialmente as tendências repressivas do Estado burguês. Trata-se do reflexo da política de “carta branca” para os policiais, expressa no famigerado Projeto Anticrime, capitaneado pelo fascista Sérgio Moro, ministro do também fascista Jair Bolsonaro. Trata-se do reflexo da política de “atirar para matar”, incentivada pelo bolsonarismo tucano de João Dória, governador de São Paulo. Enfim, trata-se do reflexo de uma política geral, que não se restringe à capital e ao estado paulistas — vide Witzel, no Rio de Janeiro e Zema, em Minas Gerais —, uma política que tem como objetivo claro desenvolver um ainda mais poderoso aparato repressivo, típico dos regimes ditatoriais, que seja capaz de derrotar pela força a mobilização operária e popular que, inevitavelmente, vai ganhando corpo no curso da luta contra a política de destruição da direita golpista.

A solução contra o aumento da letalidade e da repressão policiais não está na “reforma” do aparato policial, na “desmilitarização” da polícia, na inclusão dos “Direitos Humanos” no currículo de formação dos policiais, ou algo semelhante. É necessário dissolver todo o aparato repressivo do Estado burguês, tanto os órgãos policiais civis como os militares, e, em seu lugar, criar milícias populares armadas, destinadas a garantir a proteção dos bairros e comunidades através da organização dos próprios moradores.

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