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Um programa para lutar contra o golpe

O governo Bolsonaro encontra-se em uma profunda crise. Por sua própria natureza, ele é um governo caótico. Ele expressa a própria crise do regime político capitalista, tanto a nível mundial, como a nível nacional. A burguesia e o imperialismo promoveram o golpe de 2016 para tentar resolver (ou ao menos atenuar) a crise econômica, na busca de salvar os lucros dos monopólios capitalistas. O Brasil foi entregue às garras do imperialismo.

Mas, apesar de estar saqueando a economia nacional, a burguesia imperialista não consegue implementar integralmente o seu programa para o Brasil, devido à gigantesca crise política que se abriu com o golpe. Na ausência de um candidato tradicional, diretamente ligado aos seus interesses, a burguesia se viu obrigada a optar por um fascista cercado de elementos incompetentes por sempre terem pertencido ao baixo clero da política nacional. Ou era Bolsonaro, ou era o PT, partido do qual ela tanto se esforçou para expulsar do governo.

Desde a eleição, especialmente desde o início de seu mandato, o governo Bolsonaro só viu a crise aumentar, vertiginosamente. Os casos mais recentes, de embate entre o “núcleo duro” do governo, ligado diretamente a Bolsonaro, representado por seu filho Carlos, e os fascistas mais profissionais, representados pelo vice-presidente Mourão, expressam claramente essa crise. O governo está em uma guerra civil interna.

Mas essa guerra civil também é contra a população. Os ataques aos direitos mais elementares, como, por exemplo, a carta branca que os policiais e militares já receberam – na prática – do ministro fascista da Justiça, Sergio Moro, para matar os pobres, é o grande exemplo da repressão desenfreada do governo de extrema-direita. A tentativa de incriminar os movimentos de esquerda, como o MST no campo, são amostras evidentes da tendência fascista do regime. As privatizações das principais empresas do País, como os Correios e a Petrobras, por exemplo (companhias que já estão no caminho da entrega total para os capitalistas), a destruição da CLT com a reforma trabalhista e o roubo da aposentadoria com a reforma da previdência em andamento, são outros exemplos claros de que, mesmo em uma enorme crise, o governo Bolsonaro se esforça para vender o País e as riquezas produzidas pelos trabalhadores a seus patrões imperialistas.

A população já percebeu que Bolsonaro e os golpistas são seus inimigos e por isso vem se levantando contra eles. São notórias e cada vez mais frequentes e radicalizadas as manifestações contra Bolsonaro, vistas por todo o País no Carnaval, nos protestos contra a reforma da previdência, nos atos marcando um ano da prisão política do ex-presidente Lula, em universidades e em mobilizações espontâneas. Está na boca do povo a palavra de ordem “Fora Bolsonaro”. Também está na boca do povo, com igual entusiasmo, a palavra de ordem “Liberdade para Lula”, da mesma forma entoada nas ruas de todo o País.

No entanto, a esquerda ainda insiste em conciliar com o governo Bolsonaro ou, no mínimo, com setores igualmente golpistas que se apresentam como possível oposição, mas que na verdade apoiam o governo do golpe. Essa esquerda acredita que o jogo institucional poderá frear o impulso entreguista e repressivo do governo Bolsonaro e mesmo ajudar Lula a sair da cadeia. Uma grande ilusão! Todas as instituições estão nas mãos da direita golpista, inclusive da extrema-direita. Portanto, não há chances de derrubar Bolsonaro, derrotar o golpe e libertar Lula por essa via.

A única possibilidade é a mobilização das massas nas ruas, uma mobilização radical e revolucionária dos trabalhadores e demais classes populares. A esquerda deve organizar esse movimento que se apresenta com força no seio da classe trabalhadora.

É preciso derrotar a reforma da previdência e o roubo da aposentadoria pelos banqueiros. Em seu lugar, os trabalhadores devem ter o direito de se aposentar aos 55 anos de idade; os homens ao chegarem a 30 anos de serviço e as mulheres a 25!

É preciso reverter todas as reformas neoliberais impostas pelo golpe contra os trabalhadores. A reestatização das empresas privatizadas e o fim do teto dos gastos, por educação e saúde gratuitas e públicas, com qualidade para toda a população!

Contra o congelamento, na prática, do salário mínimo, realizado por Bolsonaro, os trabalhadores devem exigir um salário vital de R$ 4 mil. Contra as demissões dos patrões, a escala móvel de horas de trabalho, para que todos tenham emprego e cada um trabalhe menos!

Diante da entrega dos recursos nacionais que deveriam ser investidos no bem estar da população, mas que são dados de mão beijada aos grandes bancos internacionais, pelo cancelamento do pagamento da dívida pública bilionária, que aumenta a cada ano!

Para acabar com o “Escola Com Fascismo”, projeto da direita para implantar uma ditadura nas escolas e universidades, estudantes e professores devem expulsar a extrema-direita das instituições de ensino e se juntar ao movimento geral de luta contra o golpe!

Não às prisões políticas do regime golpista! Liberdade para Lula e todos os presos políticos! Lula é a pessoa mais popular do País e o povo exige sua libertação imediata, porque está preso para que os golpistas dominem.

Para que essas reivindicações sejam possíveis, no entanto, só derrotando o golpe e derrubando o governo Bolsonaro, na marra, nas ruas. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

Por um 1º de Maio de luta dos trabalhadores, sem conciliação com a direita representada pelos pelegos e suas organizações sindicais fictícias, que tentam de todos os modos boicotar a mobilização popular!

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