Em nota publicada na coluna “Opinião”, o jornal Folha de S. Paulo traz, em sua edição do dia 18 de junho, artigo assinado pela presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Deputada Federal Gleisi Hoffmann, onde a parlamentar expõe claramente,. dentre outras questões, que a principal bandeira de luta no momento, aquela que unifica os diversos movimentos que ganham corpo, volume e forma na sociedade nacional, não pode ser outra senão a luta pelo impeachment do presidente fraudulento Jair Bolsonaro. Gleisi advoga também a imediata convocação de novas eleições gerais, com a restituição de todos os direitos políticos ao ex-presidente Lula.
Trata-se do mais contunde e inequívoco posicionamento em defesa do impeachment, vindo da dirigente nacional do principal partido da esquerda brasileira. Ao longo da nota, a presidente do PT tece duras críticas ao governo Bolsonaro e também àqueles que o criticam, mas desejam uma mudança apenas superficial, cosmética, sem questionar a política econômica dos golpistas, que tem conduzido o país ao abismo, à tragédia e ao caos. Um recado claro à “Frente Ampla”, a “oposição” farsesca à Bolsonaro.
Não há qualquer dúvida que estamos diante de uma nova conjuntura, onde uma nova etapa se abre em relação às lutas populares, com a retomada das grandes mobilizações que vêem sacudindo o país de norte a sul, despertando a energia e o ímpeto de luta, há muito tempo represado, de uma enorme parcela da população, em especial aquela que vem sofrendo mais duramente os ataques às suas condições de vida por parte da política de esmagamento promovida pelos facínoras que violaram a vontade soberana das urnas e assaltaram o poder a partir do golpe de Estado de 2016.
Diz um trecho da nota: “O Brasil não suportará uma saída ‘por cima”, para manter a agenda de Guedes com ou sem Bolsonaro. Nem voltará à normalidade sem reparara a injustiça e restaurar os direitos do ex-presidente Lula. Mais que o impeachment, o PT defende novas eleições com a participação de todas as forças políticas. Ou enfrentamos a crise ou ela só vai se aprofundar” (FSP, 18/6).
As palavras da dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores representam um importante passo para fazer crescer as mobilizações e fazer evoluir a consciência e ação sobre a necessidade da unificação de todas as forças que lutam para colocar fim ao governo genocida, responsável pela maior tragédia humanitária que o país vivencia, onde mais de 50 mil brasileiros já perderam a vida.
Neste sentido, a postura adotada pela presidente nacional do PT está em franca oposição aos defensores e integrantes da farsa enganosa denominada “Frente Ampla”, instrumento engendrado para subordinar as mobilizações e as lutas populares aos interesses de um setor da direita nacional, legitimado pelo apoio de um amplo espectro da esquerda.