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O "presente" dos golpistas

Um Natal de fome e morte

Recorde de mortes, de desemprego e dezenas demissões de famintos é o que nos impõe o regime golpista

Entramos nas semanas tradicionalmente reservadas para as festas de fim de ano, confraternizações entre familiares, amigos, companheiros de trabalho, destinadas a celebrar a superação de dificuldades enfrentadas ao longo de todo um ano e as perspectivas de luta da próxima etapa.

Exatamente nesse momento, o imperialismo e seus governos capachos, como o de Bolsonaro e o dos governadores “científicos”, como Dória (PSDB-SP), Witzel/Castro (PSC-RJ), Zema (Novo-MG), Ratinho Jr. (PSD-PR)  e Cia. impõem ao povo brasileiro às condições de maiores retrocessos de todos os tempos.

Enquanto esses senhores discursam, posam para fotos e fazem promessas em torno da vacina (como se ainda estivessem em campanha eleitoral), o País voltou a ter mais de mil mortos em 24h, por vários dias consecutivos e caminhamos para chegar a 200 mil mortos entre o final de 2020 e o começo de 2021.

Além de encenações, nenhuma medida concreta de combate à covid-19, tal qual se deu durante toda a pandemia.

Não há testes, somos um dos países que menos testam em todo o Mundo.

Não há vagas nos hospitais, pessoas estão morrendo nas filas à espera de vagas, como – notadamente – acontece no caso do Rio de Janeiro.

Não há nenhuma preocupação com os profissionais de saúde, submetidos a jornadas estafantes, com salários rebaixados e “congelados” (sem quaisquer reajustes diante da inflação etc.). Na quase totalidade dos estados e na rede federal, nem mesmo houve a necessária reposição do pessoal falecido ou acometido pela doença.

Não há investimentos, os “hospitais de campanha” foram simplesmente peças de campanha eleitoral e parte de um esquema de desvio de verbas para empreiteiras e outros grupos privados, além – é claro – das máfias políticas que controlam o regime a serviço dos tubarões capitalistas.

De fato, não há medida alguma, apenas discursos e promessas para encobrir a realidade. 

Mas não é só a pandemia que atormenta a vida de milhões de brasileiros, nesse momento.

Chegamos ao fim de 2020, com recordes de fome e desemprego.

Pela primeira vez, na história do País e mesmo em meio ao momento de maior consumo da população, temos mais trabalhadores desempregados, “desalentados” (desempregados que desistiram de procurar emprego) e subaproveitados (que não conseguem ter uma jornada completa de trabalho e trabalham ocasionalmente ou poucas horas por dia ou poucos dias por mês por falta de oportunidade) superando o total de pessoas efetivamente empregadas ou trabalhando “por conta própria”.

Durante alguns poucos meses, o Brasil pagou um dos mais baixos auxílios emergenciais do Mundo (inferior até mesmo ao de países muito mais pobres, como a minúscula República Dominicana). Além disso, vários países como a França, suspenderam durante a pandemia a cobrança de despesas de água, luz e gás, enquanto Venezuela (onde estas despesas são pagas pelo Estado), Grécia e Itália – entre outros países – proibiram a demissão de trabalhadores.

O valor já miserável de R$600, foi reduzido em setembro pela metade e, agora, o governo que distribuiu trilhões para os banqueiros e grandes monopólios quer cortar o auxílio para a maioria dos beneficiários, deixando a maioria da população, sem qualquer amparo.

Para completar o “presente de Natal”, a política econômica – que mais apropriadamente deveria ser chamada de politica de destruição da economia nacional – incentivou a exportação de alimentos que estão fazendo falta na mesa de dezenas de milhões de brasileiros, e promovendo a maior alta do custo de vida em 10 anos.

A maior vítima dessa situação é a classe operária e toda a população pobre que usa a maior parte de suas receitas para comer.

No começo desse mês de novembro, a cesta básica individual alcançou um preço médio nacional superior a R$700 e chegou a custar cerca de R$900 em São Paulo, com o que seria necessário R$2.700 apenas para adquirir seus produtos para uma família média de 4 pessoas na maior capital do País.

É totalmente falso, sem base na realidade, dizer que dias melhores virão com a chegada do novo ano.
A continuidade do governo ilegítimo de Bolsonaro e do regime dos golpistas que comandam  todo o País (que se reforçaram com as recentes eleições municipais fraudulentas), aponta para o agravamento da situação, com mais demissões – logo nos primeiros meses do ano -, planos de privatizações, queda na produção…

A única perspectiva real para superar essa situação catastrófica é a mobilização popular, superando a politica de paralisia e colaboração adotadas pela imensa maioria da esquerda ao longo do ano que se encerra.

É preciso apontar o caminho das ruas. e uma politica independente de defesa das reivindicações populares diante da crise, dos direitos democráticos da população, que só podem ser conquistadas por meio da mobilização revolucionária.

Para impulsionar essa mobilização, um aspecto centro é a luta pelos direitos políticos do ex-presidente Lula e a defesa de sua candidatura presidencial.

Desejar um bom ano ano é, portanto, desejar que possamos romper com as amarras atuais e fazer de 2021 um ano de luta para colocar para fora Bolsonaro e todos os golpistas e trilhar uma alternativa própria dos trabalhadores, contra a burguesia golpistas, diante dessa situação.

 

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