Demagogia

Um feminismo a serviço do imperialismo no Rio Grande do Sul

Setores da pequena burguesa saíram em defesa da primeira-dama de Porto Alegre alegando suposto "machismo"

Nessa semana, a burguesia sacou uma tese bastante curiosa para justificar a sua política de franco ataque ao povo em meio à crise capitalista e à crise do coronavírus: a de que as críticas e os xingamentos que foram feitos recentemente à esposa do prefeito de Porto Alegre seriam uma prática “machista”. Será mesmo?

O fato é que Tainá Vidal, esposa de Nelson Marchezan (PSDB), publicou uma foto recente fazendo um tratamento estético. Depois de ter sido criticada por um humorista, a primeira-dama apagou a publicação. Obviamente, qualquer mulher tem todo o direito de fazer um tratamento estético, mas publicar isso no momento em que o País está chegando a marca de 100 mil mortos por COVID-19 mostra a verdadeira cara da direita.

No Rio Grande do Sul, mais de 76 mil pessoas foram contaminadas pelo novo coronavírus. Mais de 2,1 mil pessoas perderam a vida. Assim como em todo o Brasil, a política do governo do Rio Grande do Sul e da prefeitura de Porto Alegre é um total desastre. Criticar Tainá Vidal por fazer pouco caso da pandemia de coronavírus — isto é, de fazer tratamento de estética quando seu marido foi incapaz de construir um único hospital — não é uma crítica pelo fato de ela ser mulher, mas sim uma crítica à política da direita golpista.

O caso do tratamento estético não é o único exemplo utilizado pelos defensores da tese de que Tainá Vidal sofre “ataques machistas”. Mesmo que sua figura não aparecesse em público, é mais do que natural que ela seja odiada, pois é um símbolo da gestão de Marchezan. O ódio a Vidal ou a outros membros da família de Marchezan não são motivados pelo interesse em oprimir as mulheres, mas são a expressão da revolta contra a política neoliberal. Marchezan é um típico representante da direita golpista, inimigo dos trabalhadores, servidores e todo o povo.

O fato é que, se fôssemos levar à risca a tese das “feministas” de Porto Alegre, teríamos que começar a condenar as pessoas que chamarem o prefeito de “filho da p…”, pois estaria xingando a mãe do prefeito, que nada tem a ver com a história. Algo, como se vê, absurdo e inócuo.

Podemos discutir se a melhor estratégia para enfrentar a direita é xingar ou não a esposa do prefeito. Trata-se, portanto, de um outro debate. Mas não é isso o que aquelas que se apresentam como “feministas” defendem. O que defendem é uma condenação moral — e, portanto, reacionária — contra os setores verdadeiramente oprimidos, aqueles que são vítimas da política de Marchezan.

Esse “feminismo”, em defesa da política da direita e do imperialismo, de nada serve às mulheres. Na verdade, as pessoas que defendem Tainá Vidal em nome do “feminismo” simplesmente estão cedendo à capitulação de vários grupos feministas que, pressionados pela direita, tornaram-se completamente desorientados e passaram a defender a sociedade burguesa com unhas e dentes.

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