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Um ano do Massacre de Pau D`Arco: a política dos golpistas para resolver a questão da terra

Nesta semana (24/05) completou-se um ano da chacina de Pau D`Arco, no Estado do Pará onde 10 trabalhadores sem-terra foram assassinado por policiais militares e civil do município de Redenção.

A chacina realizada na fazenda Santa Lúcia foi o maior realizado após o golpe de Estado em 2016 e colocou em prática uma ofensiva violenta contra os trabalhadores sem-terra e movimentos de luta por terra. O ano após a chacina mostra que o golpe deu as condições ideais para que latifundiários, forças policiais, poder executivo e judiciário atuassem em conjunto de maneira aberta, arbitrária e sem pudores.

Para começar, o crime ocorreu após a expedição de 14 mandatos de prisão expedidos pela Vara Criminal de Redenção. A operação contou com 29 policiais liderados pela Delegacia de Conflitos Agrários em Redenção (DECA), com apoio de policiais militares de Redenção, Conceição do Araguaia, Xinguara e policiais civis. A operação resultou com 10 assassinatos.

Como de costume, a versão dos policiais foi que foram recebidos a tiros e agiram em legítima defesa, e mudaram a cena do crime e deixaram armas com as vítimas sem-terra. Se não bastasse o assassinato, as autoridades do Estado após a perícia enviaram os corpos em avançado estágio de decomposição para os familiares realizarem o enterro.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará, controlada pelo golpista tucano Simão Jatene, correu defender os policiais houve confronto entre policiais e agricultores.

A investigação, que estava sendo acompanhada por dezenas de entidades de apoio aos direitos humanos, luta pela terra e do ministério público, evitou que a polícia federal manipulasse as investigações. Nesse caso tiveram que aceitar a verdadeira versão de execução realizada pelas forças policiais, e que os assassinos mudaram as cenas do massacre.

Mesmo com todas as provas e acusações, o Juiz da Comarca de Redenção, Jun Kubota, decretou suspensão imediata da prisão dos 13 polícias acusados, afirmando que “não basta a prova da materialidade e autoria do crime, devendo ser demonstrada a necessidade da medida para fins de investigação. Da mesma forma, a gravidade dos crimes investigados também não é fundamento suficiente para a decretação da medida”.

O juiz ignorou que diversas testemunhas tiveram que sumir e não deram depoimentos por causa do medo de assassinatos realizados pela polícia. E foi obrigado a mudar e mandar prender novamente a decisão de libertar os policiais quando dois policiais civil deram depoimentos que houve uma chacina planejada pelos PM`s.

O depoimento dados pelos policiais civis foi gravado e, por coincidência vazou, indo parar em grupos de WhatsApp, revelando o rosto dos policiais e das pessoas que estavam no depoimento, entre eles o defensor de direitos humanos e advogado Rivelino Zarpellon, que está ameaçado de morte.

No dia 4 de março deste ano, o trabalhador sem-terra Joacir Fran Alves da Mota foi assassinado a tiros na calada da noite, revelando que grupos de pistoleiros continuam agindo de maneira aberta no Pará.

Durante esse período e até os dias atuais, a Secretaria de Justiça do Pará, não deu nenhum suporte as famílias dos sem-terra assassinados, das testemunhas e das famílias se ainda se encontram ocupando o latifúndio. Pelo contrário, o governador golpista Simão Jatene e seus asseclas foram sempre em defesa do latifúndio e dos pistoleiros formados pelos policiais.

Apesar da prisão dos policiais, que não representa muito, pois sabemos como atua a justiça e pode reduzir as penas e solta-los a qualquer momento, nenhum mandante ou suspeito foi levantado ou investigado. Quando todos no local sabem quem são os mandantes e os responsáveis pelo esquadrão da morte formado por policiais paraenses.

A lição que devemos tirar nesse uma no da chacina de Pau d`Arco é que esses estado, policiais, judiciário e latifundiários atuam de maneira conjunta e coordenada para acabar com a luta pela terra da maneira que for necessária, e cada dessas entidades acobertam ou ao outro. Fato que ficou evidente após o golpe de Estado.

O Estado do Pará, governado pelo golpista Simão Jatene deve ser responsabilizado pela chacina, juntamente com os policiais, latifundiários e os juízes que atuaram no caso.

É preciso que os trabalhadores sem-terra formem comitês de autodefesa contra a violência dos latifundiários e dos golpistas, e exijam que os mandantes sejam revelados e punidos juntamente com os executores do crime.

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